redacao@jornaldosudoeste.com

Incra reconhece terras de comunidade quilombola na Paraíba

Publicado em

WhatsApp
Facebook
Copiar Link
URL copiada com sucesso!

Processo de titularização do Quilombo Fonseca começou em 2009

Por Fabíola Sinimbú|Agência Brasil

A Comunidade Remanescente de Quilombo Fonseca, que vive no município de Manaíra, na Paraíba, teve suas terras demarcadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A medida foi publicada na edição desta terça-feira (12), no Diário Oficial da União.

12/09/2023, FONSECA - COMUNIDADE QUILOMBOLA, MANAÍRA PB. Foto: ACEV Brasil/Facebook
Quilombo Fonseca, em Manaíra (PB) – ACEV Brasil/Facebook

São pouco mais de 135 hectares, o equivalente a 135 campos de futebol, que abrigam 49 famílias. São cerca de 280 pessoas que se autodeclararam descendentes de pessoas escravizadas nas plantações de algodão da região e que escolheram o local para manter as tradições e culturas vivas.

Em 2009 a Fundação Cultural Palmares, reconheceu e certificou a comunidade como remanescente de quilombo e isso possibilitou que, em 2011, o processo de regularização e titulação das terras fosse aberto junto ao Incra.

12/09/2023, FONSECA - COMUNIDADE QUILOMBOLA, MANAÍRA PB. Foto: ACEV Brasil/Facebook
Titulação foi publicada nesta terça-feira no DOU – ACEV Brasil/Facebook

O documento publicado hoje destaca o Artigo 69 da Constituição Federal que destaca: “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.”, mas somente em agosto de 2018, o Incra concluiu o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do território com recomendação pela titulação da terra quilombola e abriu prazo de 90 dias para contestação da avaliação.

Desde então, o processo permaneceu parado até a demarcação e titulação definitiva.

Os limites e fronteiras do território da Comunidade Remanescente de Quilombo Fonseca estão descritos na portaria do Incra. A planta e o memorial descritivo da área já foram disponibilizados no acervo fundiário da instituição e podem ser acessados pelo site do instituto.

Foto de Capa: ACEV Brasil|Facebook
Jornal Digital
Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745