É comum chegarmos ao fim do ano cansados. O ritmo intenso da vida, trabalhos, agendas, preocupações e exigências sobrecarregam e agora pensamos em férias e descanso. O cansaço atinge pessoas de todas as idades. Crianças se cansam de brincar o dia inteiro; adolescentes se sentem cansados à noite, mas principalmente de manhã, na hora de levantar, e tem a impressão de que precisam dormir um pouco mais; adultos se cansam depois de trabalhar muito e dormir pouco.
O cansaço atinge muitas pessoas, tem uma fase da vida dos 50 aos 60 anos que as pessoas se perguntam: mas, as coisas têm que ser realmente assim? A vida profissional tem que manter esse ritmo sempre crescente, sem parar, ou será que cheguei ao meu limite? O que de fato conta na minha vida?
Estas perguntas não são feitas por todas as idades, mas é a fase da maturidade que faz essas perguntas surgirem com mais intensidade. A meia idade nos desafia a olhar de fora para dentro de nós mesmos. Um grande psicólogo, chamado Gustav Jung, fala que quando a curva biológica começa a descer, a curva espiritual começa a subir. A idade convida a avançar sempre mais na maturidade e no equilíbrio. Só que isso não é automático. Sem busca, sem autoconhecimento, sem crescimento permanente em todas as dimensões da vida, isso não acontecerá. A curva de crescimento espiritual faz o ser humano voltar-se para o seu interior. O externo não será mais o principal. O que mais importa é o cultivo da interioridade, do sentido de cada coisa, do equilíbrio, da ponderação.
Na faixa entre 50 e 60 anos existe uma mudança de temperamento. Isso acontece quando a pessoa já trabalhou muito a personalidade. Ali, nessa idade, a pessoa adota a alimentação mais saudável, procura se conhecer mais, meditar mais, experimenta formas de espiritualidade, busca leitura, viagens, mas pode acontecer que a sensação de cansaço também aumente e a pessoa diga: tentei tanta coisa, para que isso tudo? Serviu de alguma forma? Estou realmente bem? Pense nisso!