Da Redação
Os seis vereadores de Correntina envolvidos nas denúncias protocoladas na Justiça pelo Ministério Público Estadual, que cumprem medidas cautelares e respondem em liberdade ao processo [Wesley – Maradona – Campos Aguiar (PV), Adenilson – Will – Pereira de Souza (PTN), Jean Carlos – da Guarda – Pereira dos Santos (PP), Nelson – Carinha – da Conceição Santos (PRB), Milton – Miltão – Rodrigues Souza (PCdoB), Juvenil – babado Pimenta – Araújo de Souza (PCdoB)], no âmbito da Operação ‘Último Tango’, deflagrada em outubro de 2017 pelo Ministério Público Estadual, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com apoio Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais (Caocrim), Centro de Apoio Operacional de Proteção às Promotorias de Proteção da Moralidade Administrativa (Caopam), de promotores de Justiça e das Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar, tendo como objetivo reprimir delitos contra a Administração Pública, licitações e contratos no âmbito da Câmara de Vereadores de Correntina. Segundo o Ministério Público Estadual, os vereadores são suspeitos de fraudar processos licitatórios e contratos no município, desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores e realizar exigências ilícitas ao prefeito, inclusive entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de Projetos de Lei.
A votação do processos de cassação dos mandatos dos seis vereadores foi marcada por tumulto e agressões no plenário.
Mesmo com razoável aparato de segurança, três dos réus que estiveram na Câmara Municipal para acompanhar a votação do relatório da Comissão Processante, acabaram se envolvendo em bate-boca que descambou para agressões físicas e tentativa de subtração do documento que estava sendo apreciado. O resultado da selvageria foram vidraças quebradas e microfones danificados.
A sessão chegou a ser suspensa e retomada com os ânimos serenados e o reforço na segurança. No encerramento da apuração das votações, no final da noite da quinta-feira (20), os seis vereadores denunciados pelo Ministério público Estadual tiveram os mandatos cassados.
A reportagem do JS não conseguiu contato com nenhum dos vereadores cassados.
O ex-presidente da Câmara Municipal e apontado pelo Ministério Público como o chefe da suposta organização criminosa, após ter confirmada a cassação do seu mandato, Wesley – Maradona – Campos Aguiar, do PV, usou as redes sociais para ironizar a decisão do Legislativo Municipal e assegurar a seus correligionários que retomará o cargo. “Fiquem tranquilos, ninguém neste nosso imenso Brasil varonil pode ser acusado, cassado, punido sem ter o amplo direito de defesa e do contraditório. Maradona voltará com tudo”, escreveu o vereador cassado.