Por Lucimar Almeida
Lideranças quilombolas, de setores da Igreja Católica, movimentos sociais e segmentos da sociedade civil de Bom Jesus da Lapa, com apoio de lideranças políticas e empresariais do território de Identidade Velho Chico, que durante a quarta-feira (05) mantiveram interrompido o tráfego de veículos a partir do trevo da BA-160, em Bom jesus da Lapa, nos sentidos Malhada e Paratinga, e a BR-430, no trecho entre Bom Jesus da Lapa e Riacho de Santana, ao contrário do que anunciaram no final do protesto,por volta das 17h40, decidiram recuar e não voltar a fechar as rodovias nesta quinta-feira, dia 6.
Através de seus porta-vozes, as lideranças do movimento avaliaram positivamente o protesto do dia 5, quando, segundo reforçam, teriam dado o recado e que agora aguardam que o governador Rui Costa cumpra o compromisso assumido em praça pública e tenha sensibilidade para entender que vidas não podem continuar a ser perdidas por conta da precariedade do trecho da BA-160 entre Bom Jesus da Lapa e Malhada, que atende às Comunidades Quilombolas Rio das Rãs, produtores familiares e é um importante corredor de escoamento da produção do Projeto Formoso.
A reconstrução, com pavimentação asfáltica, do trecho de 65,5 quilômetros da BA-160 entre Bom Jesus da Lapa e Malhada foi prometida pelo governador Rui Costa em evento público no município em julho de 2018. De lá para cá a promessa vem sendo repetida sem que as intervenções sejam efetivadas.
No último dia 28 de julho, depois de várias cobranças, inclusive através das redes sociais, o secretário de Estado de Infraestrutura de Transporte, Energia e Comunicação do Estado, Marcus Benício Foltz Cavalcante, recebeu em audiência o prefeito Eures Ribeiro Pereira (PSD) – um importante aliado dos grupos que organizaram o protesto – para tratar da recuperação do trecho da BA-160. Segundo relatou o prefeito em suas redes sociais, o secretário teria assegurado (mais uma vez) que o Projeto Executivo para reconstrução do trecho já está em fase final de elaboração, mas que seria feito “de imediato um paliativo na estrada para dar trafegabilidade”.
Apesar desse novo compromisso do Governo do Estado, as lideranças envolvidas nos protestos reforçam que vão manter a mobilização e não descartam nova interdição da estrada nos próximos dias.