Neste episódio, o infectologista Bruno Azevedo dá mais detalhes sobre sarampo
Por: Brasil61
Você conhece os sintomas de sarampo? Sabe como prevenir?
Neste episódio, o infectologista Bruno Azevedo dá mais detalhes sobre sarampo.
A transmissão do sarampo é direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou espirrar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches, clínicas, meios de transporte. As pessoas infectadas são geralmente contagiosas cerca de 6 dias antes do aparecimento das lesões até 4 dias depois.
Os sintomas aparecem em média de 10 a 12 dias desde a data da exposição. Em 2016 o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde o certificado de eliminação do sarampo. Porém, desde fevereiro de 2018, o Brasil tem reportado a circulação do vírus do sarampo em 11 estados.
Por isso é importante você conseguir reconhecer essa doença. Depois do contato com o vírus ocorre o desenvolvimento da doença em 6 a 21 dias.
Após este tempo, a pessoa passa por 2 a 4 dias com febre, mal-estar e pode aparecer conjuntivite, coriza e tosse.
Um sinal muito característico, mas que não ocorre em todas as pessoas com sarampo, são pequenas lesões esbranquiçadas na mucosa oral que na medicina chamamos de Manchas de Koplik. Surgem as lesões de pele avermelhadas, que classicamente iniciam-se na face e pescoço e espalham-se para tronco e abdome. Essas manchas não coçam. As complicações envolvem diarreia, pneumonia e até mesmo lesões cerebrais.
Você deve suspeitar dessa doença em quem tem esses sintomas e não tem confirmação de vacinação. Nessa situação você deve procurar uma avaliação médica o quanto antes. O diagnóstico é feito por um exame de sangue chamado sorologia (que procura anticorpos contra o vírus) durante a doença e 15 dias após. Outros exames que procuram especificamente o vírus em amostras da garganta e também podem ser usados na urina.
A medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo é a vacina tríplice viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba, dê uma olhada na sua carteirinha de vacinação, você deve checar se tem a vacina Tríplice Viral e a data. Se não tiver comprovação dessas doses na sua carteirinha, você deve ser vacinado novamente. Lembrar que a vacina tríplice viral é composta de vírus vivos atenuado, isso não causa sarampo, mas é contraindicada para pacientes com imunossupressão e gestantes.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.
Foto da Capa: Reprodução/Canal Doutor Ajuda
Fonte: Brasil 61