redacao@jornaldosudoeste.com

Como a Independência do Brasil pode ser cobrado em vestibulares

Publicado em

Entenda a influência do período imperial na literatura, arte e música brasileiras

Por Mira Comunica

O período imperial brasileiro foi um momento crucial de formação de identidade nacional, influenciando várias esferas da sociedade, desde a política até a cultura. No campo literário, o autor Thiago Braga explica que José de Alencar se destaca por sua obra que busca traçar um panorama do Brasil, com romances como “O Guarani”, lidos até mesmo na Europa, sendo um retrato do Brasil para os centros do sudeste e exterior. “A obra de José de Alencar, quando cai no vestibular, geralmente é associada à ideia da construção de uma identidade nacional, de um ideário de nação com objetivo de construir uma coesão nacional”.

Na arte, para explicar o período da Independência, Braga comenta que Dom Pedro II entendia as obras como um elemento que criaria coesão nacional, uma memória do país, e certificaria que a nossa cultura fosse diferente da portuguesa. Este período romântico não se limitou apenas à literatura; ele também se manifestou nas artes visuais e na música, com uma clara exaltação da natureza brasileira, dos povos indígenas e de feitos históricos, como as vitórias em batalhas. Quadros retratando momentos como a batalha do Avaí e episódios da Guerra do Paraguai são testemunhos dessa manifestação artística.

Dom Pedro II, enquanto monarca, desempenhou um papel crucial no mecenato e fomento das artes e ciências no país. “Sua dedicação e preocupação com a promoção de uma arte genuinamente brasileira são bem documentadas em obras como “As Barbas do Imperador – D. Pedro II, um monarca nos trópicos”, de Lilia Schwarcz, e na biografia “D. Pedro II”, escrita por José Murilo de Carvalho. Ambos os livros elucidam o compromisso do imperador com a construção de uma identidade coesa e a valorização do patrimônio cultural brasileiro”, finaliza Thiago Braga.

Foto de Capa: Freepik