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Diante das decisões, preciso escolher uma porta

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Nós precisamos decidir continuamente. Um obstáculo para a tomada de decisões na vida é a ideia de querer manter abertas todas as portas. Quer dizer, ao decidir-me por um caminho, ao mesmo tempo decido-me contra outro. E ao abrir uma porta, fecho outras. Mas para alguns, viver com portas fechadas é difícil. Entretanto, deixar todas as portas abertas deixa as pessoas expostas à correnteza que não faz bem à alma e elas ficam estagnadas. E de repente, em determinado momento, essas portas abertas batem e se fecham, e quem quiser mantê-las abertas acaba mesmo diante de portas fechadas. Um exemplo é uma aluna que está diante desse dilema, está no ensino médio, e ela não sabia que área deveria escolher para continuar seus estudos. Ela havia obtido notas boas em todas as matérias e poderia tanto estudar medicina quanto música, matemática ou educação física. Ela gostaria de seguir todas as carreiras, o que não seria possível. Assim, ela teria que optar e decidir. Se eu optar pela medicina, só poderei praticar a música e o esporte como um hobby, mas não com igual vigor com que me dedicaria se tivesse optado por uma dessas áreas. E se eu me formar em matemática, minha vida será bem diferente da vida de uma médica. Esse era o problema dessa moça.

As pessoas com muitas portas abertas para escolher são as que mais têm dificuldade para se limitarem a uma só. É preciso escolher uma porta. No entanto, para avançar em meu caminho, preciso decidir-me atravessar uma porta. Muitos receiam que possa ser a porta errada, mas o medo deve ser um convite para confiar em Deus para que Ele mostre a porta que devo atravessar. Deus fala conosco em nossos sentimentos. Devemos levar a decisão para onde sentimos mais paz. Por isso, quando nós vamos pensando nas possibilidades e podemos confiar, independente de qual porta atravessarmos, temos que atravessá-la para seguir adiante, senão ficamos parados. Além disso, a vida não depende somente do fato de nos tornarmos músicos ou médicos, matemáticos ou esportistas. Os caminhos exteriores podem auxiliar no êxito, mas o que interessa no fundo é que nós decidimos pela vida e nisso a forma como a vida será concretizada passa a ser menos importante.

Pense nisso.