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Inflação dos insumos mostra que há espaço para recomposição de preços em bares e restaurantes

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IPCA de agosto apontou deflação de 0,85% em alimentos e bebidas, enquanto alimentação fora do lar teve aumento de 0,22% em linha com índice geral

Por IPCA

De acordo com os últimos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação nos bares e restaurantes apresentou um aumento de 0,22% no mês de agosto, em linha com o índice geral de inflação, que foi de 0,23%. No ano, o número acumulado relativo à alimentação fora do lar (de 3,85%) está acima do índice geral de inflação acumulado no ano, que é de 3,23%. Isso sinaliza que o setor de bares e restaurantes vem vivenciando um ano de recuperação.

Um aspecto importante no IPCA de agosto é o recuo dos insumos, com alimentos e bebidas registrando deflação de 0,85%. Isso sugere que ainda existe espaço para uma possível recomposição de margem no setor, uma vez que os custos de produção caíram.

“Com a volta do movimento após o período turbulento de pandemia, aos poucos fomos recuperando fôlego, embora muitos ainda sofram os efeitos da época de restrições. Houve um choque de produtividade no setor que permitiu a muitos sobreviver, mas as margens continuam apertadas. A queda nos insumos é uma boa notícia, se for consistente pode abrir espaço para uma recuperação mais robusta”, explica o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

Analisando as diferentes regiões do país, observa-se que em São Paulo houve uma leve deflação no setor de bares e restaurantes, com uma queda de -0,12%. No Rio de Janeiro, por outro lado, o aumento foi muito pequeno, de apenas 0,05%. Esses números indicam que, nas grandes capitais, a demanda pelo consumo nesses estabelecimentos está se estabilizando, possivelmente refletindo a retomada gradual das atividades econômicas e a adaptação do público a um novo cenário pós-pandemia.

Outro ponto relevante a ser considerado é o desempenho dos setores de hospedagem e pacotes turísticos, que apresentaram altas expressivas de 1,22% e 0,56%, respectivamente. Esses números indicam uma boa perspectiva para as cidades turísticas no final do ano, sugerindo que a demanda por viagens e serviços de hospedagem está se recuperando, favorecendo também o setor de bares e restaurantes.

Foto de Capa: reprodução|internet