O historiador, professor, filosofo, escritor e ativista social, titular da cadeira de História da Escola Municipal Professor Ayrton Viana Silva, em Brumado, fez uma intervenção na reunião promovida pelo Núcleo local da Aplb/Sindicato, na noite da sexta-feira (24), cuja pauta, segundo apurou a reportagem do JS, incluiu além da avaliação da decisão do Legislativo Municipal que aprovou o Projeto de Lei que tirou da Entidade a representatividade dos profissionais da Educação brumadense e discutir as próximas ações que deverão ser adotadas no sentido de tentar, via judicial, tornar sem efeito a nova legislação, solidarizar-se com o professor Gilvan Moreira da Silva, envolvido nos tristes episódios registrados na Câmara Municipal mais cedo, para incitar a violência e atacar, indiscriminadamente, o prefeito, o vice-prefeito, os vereadores da bancada governista e os veículos de comunicação social do município – jornais, rádios e blogs – que acusou de ser “[uma imprensa] vagabunda, torpe e que não representa uma cidade de quase 80 mil habitantes”.
Bergher, ao prestar solidariedade ao professor Gilvan Moreira da Silva, vociferou contra o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB), os vereadores que votaram favoravelmente ao PL-004/2017 e a imprensa, ressaltando, em meio a aplausos da plateia, que ao envolver-se em atos de pugilato, o educador físico teria tido “um ato de coragem”. Para Bergher, o que o professor fez foi um ato que simboliza a “luta de classes”.
O educador investiu ainda contra o vice-prefeito brumadense, Édio – Continha – da Silva Pereira, do PCdoB, cobrando um posicionamento público do político, que em sua opinião deve explicações aos trabalhadores por pertencer aos quadros de um partido que “enverga uma plataforma de esquerda”. E arrematou acusando o vice-prefeito de ter se aliado a um “Governo fascista e de direita”.
Ao exaltar um ato tresloucado de um educador, por mais que tivesse a necessidade ou obrigatoriedade de prestar solidariedade, e atacar todos os veículos de comunicação social sediados em Brumado, embora exercendo o sagrado direito de liberdade de expressão, sem especificar a quem dirigia as críticas e justifica-las, o historiador, professor, filosofo, escritor e ativista social Joílson Bergher flertou perigosamente com a estupidez própria daqueles que, na ausência de argumentos, usam a força e tentam intimidar, ainda que por palavras ou gestos, para impor suas ideias. E cometeu alguns equívocos que merecem reparos ou deixou claro que responsabilidade e coerência não são qualidades que preza.
De sua parte, embora não tenha se sentido atingido pelos comentários despropositados e inconsequentes disparados pelo historiador, professor, filosofo, escritor e ativista social Joílson Bergher, o JS – do qual, aliás, Bergher é colunista em sua versão on line – repudia as levianas declarações e espera que o autor tenha a dignidade e humildade de vir a público para desculpar-se e apontar qual ou quais seriam os veículos de comunicação que mereceu ou mereceram seu destempero verbal, sob pena de deixar evidente que a insensatez não teria sido cometida no calor da emoção e ainda sob o impacto da aprovação de uma Lei que entende será nociva para os interesses da sua categoria profissional e, por fim, no afã de defender um ato injustificável praticado por um educador amigo.