De acordo com o Boletim Logístico do Brasil, além do aumento no valor, 2022 encerrou com enfraquecimento na procura de fretes. Confira abaixo os motivos.
Por: Nathália Heidorn
Recentemente a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), analisou o Boletim Logístico do Brasil, que apontou diversas oscilações em relação ao frete, tanto em valores como baixa de demandas. Comparando 2021 e 2022, o valor do frete aumentou na maior parte dos Estados do país. Exemplo disso é a variação que oscilou entre 9% no Paraná e 96% em Goiânia. Além disso, o estudo revela que nos dois últimos meses de 2022 a demanda por fretes enfraqueceu na maioria dos Estados analisados.
De acordo com Marcel Alessi Soccol, founder da DATAFRETE, empresa de tecnologia especializada em gestão de frete, em relação ao aumento do valor, cada Estado possui questões pontuais que contribuíram para a oscilação. “Exemplo disso é o Mato Grosso do Sul, onde o aumento se deu por conta das incertezas em relação ao momento político, comportamento de mercado e consumidor, entre outros fatores. Já no Distrito Federal, o clima chuvoso deste período foi um fator que limitou os embarques locais de grãos. No Paraná, podemos citar os protestos nas rodovias”.
O Boletim ainda revelou que as exportações tiveram aumentos consideráveis. O milho, por exemplo, obteve um aumento de mais de 118%. De acordo com Soccol, esse aumento das exportações brasileiras se deu pelos excelentes preços internacionais. Importante lembrar que o Boletim Logístico é um periódico mensal que contém dados coletados nos estados de maior demanda de frete, sendo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Bahia e Piauí.
Indústrias apostam na venda direta para o consumidor
Nos últimos anos a indústria vem se adaptando e se reinventando diante os desafios econômicos, investindo em inovação. Entre as tendências do mercado estão: adentrar em processos de digitalização nas vendas e mudar o posicionamento no mercado. Com isso, muitas empresas apostaram em abrir um e-commerce próprio ou entraram em um marketplace, atendendo ao consumidor final, o que pode ser chamado de D2C (direct to consumer) ou atendimento direto ao cliente.
A digitalização é o processo de se investir em novas tecnologias para melhorar os fluxos de trabalho e diminuição de custos. De acordo com Soccol, D2C é um encurtamento da cadeia de distribuição convencional, ou seja, indústrias, franquias, distribuidores ou importadores realizam vendas direta ao cliente, sem passar pelos varejistas.
Com o movimento de digitalização do canal de venda das indústrias e distribuidores, as empresas passaram a encontrar uma necessidade de contar com tecnologia de qualidade para gestão e otimização de processos para gerir e ter controle de todos os canais de operação e diminuição de custos empresariais. Exemplo de empresa que viu oportunidade e os negócios se expandirem foi a DATAFRETE, que tem como foco o desenvolvimento de soluções para a gestão de fretes e logística de embarcadores.
A empresa destaca-se no mercado brasileiro como solução multicanal que acompanha todo esse processo de transformação. “Atualmente podemos notar que as empresas possuem inúmeros canais de vendas, o que dificulta a gestão das operações. Através do sistema DATAFRETE, a indústria pode fazer a gestão do frete de todas as suas operações, desde inbound, ou seja, recebimento de mercadoria, até outbound, destinada ao cliente final”, comenta.
Por fim, Socool destaca que dentre as soluções propostas, o gateway de frete, que integra o processo de cotação de frete na plataforma e-commerce, é o mais indicado. “Ele dá a opção de o cliente final escolher o frete que melhor lhe atende, além de possibilitar que a empresa faça do frete uma estratégia de conversão de vendas com um menor custo”, conclui.