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40 anos fazendo ciência: histórias de pesquisadores na Uesb

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Por Juliana Silva – Ascom/Uesb

Para muitos, é a primeira porta para o futuro. Para outros, uma incubadora. Já alguns enxergam nela a oportunidade de fazer ciência. Ao longo dos seus 40 anos, a Uesb tem se consolidado como um espaço múltiplo de conhecimento e crescimento para milhares de pessoas.

Júnia Ortiz viu na Uesb a chance de ter “acesso ao ensino superior público e de qualidade”, ao ingressar, em 2007, no curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Foi na Universidade que nasceu nela o interesse pela pesquisa, caminho que vem percorrendo desde o segundo semestre da graduação, quando começou a fazer Iniciação Científica.

De lá para cá, ela finalizou o mestrado e o doutorado, ambos na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Teve, ainda, a oportunidade de realizar intercâmbio nos Estados Unidos, para estudar na St. John’s University, em Nova Iorque. “Também atuei como pesquisadora visitante no Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), um dos principais centros de pesquisa do mundo na área de Tecnologia”, conta a jornalista. Foi traçando esse percurso que ela se tornou especialista em Ciência de Dados.

Atualmente, Júnia é pesquisadora vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), integrando o Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia. Ela conta que trabalha com questões da Comunicação exploradas a partir de métodos da Ciência de Dados. “Minha função é integrar o corpo científico para pensar a Comunicação sobre Ciência e Saúde entre instituições, jornalismo e o público, a fim de produzir conhecimento que auxilie a construção de uma comunicação mais efetiva entre esses atores”, explica a pesquisadora.

Ao falar de sua trajetória, Júnia relembra como a Uesb foi importante para o seu fazer científico, que vem desenvolvendo há 12 anos. “Durante a graduação tive contato com importantes pesquisadores do Brasil e do mundo na área em que estava inserida. Aprendi de onde nasce uma pesquisa, como ela começa, quais métodos necessários e como ela é desenvolvida. Foi isso que me deu toda a base do campo científico”, lembra.

Doutor em Zootecnia pela Uesb, Marcos Paulo trabalha em uma Associação italiana (Foto: Acervo Pessoal)

Marcos Paulo Rezende, geneticista que atua na Associação Nacional Italiana de Criadores da Raça Piemontese (Anaborapi), também passou pela Uesb. Quando o assunto é incentivo à pesquisa, ele comprova: “a Uesb é uma ótima universidade para pesquisadores motivados e com sede pela ciência”.

Marcos ingressou na Instituição em 2015, quando iniciou o curso de Doutorado em Zootecnia. Desde a graduação, todo seu interesse nos estudos foi direcionado principalmente ao setor do melhoramento genético e morfofisiologia animal. “Trabalhar com uma das melhores equipes de professores do setor de melhoramento genético do Brasil, que mantém também parcerias internacionais, foi sem dúvida essencial para alavancar meu senso crítico nessa área. Em outras palavras, a estrutura dada pela Uesb me permitiu alcançar a busca pela excelência”, destaca.

A Universidade também possibilitou que ele realizasse parte dos estudos, durante o doutorado, na Universidade de Firenze, na Itália. Segundo ele, a experiência foi “um fator importante na formação, principalmente, por conhecer uma realidade totalmente diversa, tanto no enfoque acadêmico, como na experiência pessoal”.

Com a intensa produção científica e as experiências vivenciadas no exterior, ele foi convidado a fazer parte da equipe da maior companhia de bovinos de corte da Itália. “Na Anaborapi, o trabalho é, exclusivamente, com avaliação genética dos bovinos. Essa atividade está totalmente ligada com todo o ensino adquirido, especialmente no doutorado”, afirma Marcos Paulo.

Joquebede Rodrigues chegou a desenvolver um curativo para feridas com formulação inovadora (Foto: Acervo Pessoal)

Virada de página – Como uma nova experiência acadêmica, a Uesb surgiu na vida da farmacêutica Joquebede Rodrigues. “Inicialmente, cursava Biologia em minha cidade natal. No entanto, estava inquieta e sentindo uma necessidade de ampliar meus horizontes”, conta ela. Foi nesse momento da vida que Joquebede decidiu mudar de universidade e, em 2008, ingressou no curso de Farmácia da Uesb.

Ao se formar, iniciou o Mestrado em Genética, Biodiversidade e Conservação, oferecido pela Instituição. “Foi quando comecei efetivamente minha pesquisa científica. Por meio do mestrado, consegui aprimorar meus conhecimentos e continuar minha trajetória como pesquisadora na área de medicamentos”, lembra Joquebede. Ainda no Mestrado, ela começou a realizar estudos sobre o potencial citogenotóxico, antioxidante e hipoglicemiante da Mansoa hirsuta, uma planta endêmica da caatinga conhecida, popularmente, como cipó d’alho.

Já durante o doutorado, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Joquebede participou de uma pesquisa que resultou em um pedido de patente para a Uesb, a UFRN e a Universidade Federal de Alagoas. Em um trabalho conjunto, ela e outros pesquisadores desenvolveram um curativo como uma formulação inovadora, a partir do extrato obtido das folhas da cipó d’alho, para ser utilizado no tratamento de feridas.

“Contribuir com essa conquista foi gratificante, uma vez que a patente agrega valor econômico/social e, através dela, um medicamento inovador poderá chegar ao mercado, trazendo benefícios para a comunidade”, comenta a farmacêutica. Ao chegar nesse momento tão especial em sua carreira, Joquebede reforça a importância da Uesb para a sua vida acadêmica e profissional. Segundo ela, a Universidade permitiu “uma formação crítica, proativa e ética”.

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