Especialistas compartilham orientações profissionais e perspectivas sobre o mercado de trabalho
Se a sua resposta for a última opção, não tem problema. Esse é o momento de “ajustar as engrenagens”. A escritora e futurista Martha Gabriel e o Biólogo e CEO da Startup MedRoom, Vinícius Valukas Gusmão, compartilharam uma série de conhecimentos e perspectivas durante as aulas magnas que ministraram na programação de Boas-Vindas da Rede UniFTC. Confira o compilado com as principais dicas para os profissionais se prepararem para essa nova realidade que está sendo construída agora.
1- Desenvolva novas habilidades
Para descrever o quão desafiador está o cenário econômico desde a última década, gestores adotaram uma “expressão” do exército americano: o acrônimo VUCA, que se refere à volatilidade (volatility), a incerteza (uncertainty), a complexidade (complexity) e a ambiguidade (ambiguity) do contexto de guerra. Segundo pesquisadores, o ambiente empresarial atual possui essas mesmas características, devido ao ritmo acelerado das inovações. Mas e aí? O que fazer diante dessas circunstâncias e adversidades?
“O maior perigo em tempos de turbulência, não é a turbulência em si, mas agir com a lógica do passado”. O pensamento de Peter Drucker, trazido por Martha Gabriel, alerta sobre a urgência do desenvolvimento de novas competências. A palestrante apresentou um dado da conferência Gartner 2018 que preocupa: 80% dos colaboradores não possuem as habilidades necessárias para realizar a transformação digital do negócio ou de suas próprias carreiras.
Como adequação às demandas do mercado, Martha sugere quatro atributos, listados pelo escritor Bob Johansen como VUCA Prime: Visão, Compreensão, Clareza e Agilidade.
2- Abrace a tecnologia
“Uma pessoa mediana com tecnologia supera o melhor expert sem tecnologia”. Foi com esse “tapa na cara” que Martha chamou a atenção sobre a importância de entendermos, pelo menos, como as tecnologias afetam nossas vidas.
De acordo com ela, as pessoas estão tão ocupadas fazendo o que já faziam antes, que não percebem o que a novas tecnologias podem possibilitar. Como exemplo: inteligência artificial, big data, internet das coisas, 5G, robótica, nanotecnologia, impressão 3D e computadores quânticos. Se os termos parecem ter saído de um filme de ficção científica pra você, é sinal de que precisa se atualizar! Todas essas tecnologias já estão sendo utilizadas.
3- Se atente às tendências
Sabe aquela frase “em time que está ganhando não se mexe”? Esqueça! Segundo a futurista, é quando a gente está ganhando que temos que mexer. Martha acredita que somos bons em reagir, mas precisamos aprender a antecipar. E pra validar o argumento, ela usa uma citação de Jack Welsh: “Mude antes que seja preciso”.
Durante a palestra, a pesquisadora pontuou cinco tendências: mobile, data economy, real time, social e sustentabilidade. Cada uma delas, se desdobra em outras. “As áreas conversam entre si e as tecnologias também. Várias coisas estão acontecendo em paralelo”, acrescenta Vinícius.
Para os estudantes que estão iniciando a trajetória profissional, o palestrante vê muitas oportunidades e estimula o exercício da criatividade: “inovação não é só tecnologia, pode estar numa forma diferente de usar determinada ferramenta. É uma interpretação da realidade. As ideias que não existem são pautadas nas que existem. É conexão!”.
4- Tenha pensamento crítico
Ampliar o olhar serve pra tudo: desde a composição de repertório até o planejamento de carreira. As “ondas” vão surgir ainda mais rápido. Por isso, é preciso escolher com sabedoria em qual surfar. “Ser profissional do futuro é você conseguir enxergar os panoramas gerais, os cenários que estão surgindo. Ter a mente aberta para observar esse movimentos”, explica Vinícius.
Martha acrescenta que essa visão macro, do todo, também deve ser aplicada às tecnologias: “Tem que ter o pensamento crítico pra abraçar a tecnologia adequada”. Nessa tomada de decisões, a análise de dados faz toda a diferença em períodos volúveis como o que estamos vivendo.
5- Seja humano!
Potencializar particularidades humanas também é essencial, quase uma estratégia de sobrevivência num mercado no qual a participação de inteligências artificiais só tende a aumentar. “Pra você não ser substituído por um robô, não seja um robô. Seja um humano!”, frisa Martha.
A escritora orienta: “Coloque emoção, ética, empatia e faça coisas que o humano faz e a máquina não”. Dentro dessas possibilidades, está a adoção de um perfil flexível e colaborativo.
Movimente-se!
Quer dar continuidade a essa preparação? Então, confira as últimas palestras da programação de Boas-Vindas da UniFTC (https://www.uniftc.edu.br/