Com projeção de crescimento, o varejo começa o ano quente e com potencial de crescimento para confirmar tendências da NRF
Por: Luana Figueiredo
Na NRF, a maior feira de varejo do mundo, muito se falou da importância de investir no varejo físico em 2023. Em janeiro e fevereiro, respectivamente, o segmento deve crescer 4,7% e 6,4%, de acordo com o Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo. Os números reforçam que algumas das tendências e apostas, já consideradas eficazes, terão espaço para crescer ainda mais ao longo do ano.
Os novos investimentos realizados em lojas físicas devem focar em personalizar cada vez mais a jornada de compra, oferecendo experiências exclusivas para os visitantes e fortalecendo o relacionamento entre cliente e marca. “O ano de 2023 já começou com duas palavras muito importantes para o varejo, que seriam tecnologia e fricção. Com isso, o varejo físico deverá estar cada vez mais tecnológico e com cada vez menos fricção nas jornadas”, destaca Juliano Mortari, CEO da VarejOnline, ERP completo para gestão de lojas próprias, redes de franquias e pontos de venda (PDV).
Juntando a sua expertise na área aos novos hábitos de consumo, Juliano elenca em cinco pontos as principais tendências para o varejo físico em 2023. Confira a seguir:
1. Integração de canais
Com o desdobramento da omnicanalidade, espera-se que os varejistas que ainda não expandiram suas vertentes comecem a fazê-lo, integrando cada vez mais os seus canais físicos e digitais. “O objetivo é oferecer autonomia aos consumidores, que podem comprar na loja e receber em casa, ou comprar em casa e retirar na loja. O varejo omnichannel veio para ficar, e deve se aprimorar neste ano”, comenta Juliano, que observa a tendência desde 2020.
2. Atenção à geração Z
Outro ponto a se atentar são os comportamentos da geração Z em relação às compras, que a difere de outras gerações, uma vez que eles levam em consideração a reputação das marcas e o consumo consciente. Outra característica geracional importante é a impaciência dos que nasceram depois de 1995, que pode servir de alerta aos varejistas que ainda não investiram em melhores logísticas nas etapas de pagamento e/ou burocracia de seus sites e lojas físicas, no intuito de torná-las mais rápidas e coesas.
3. Investimento em tech
Em termos de economia de tempo, Juliano observa algumas estratégias que se mostram bem-sucedidas, aplicadas principalmente em lojas de porte médio e grande. “Algumas das tecnologias que já existem e que facilitam as experiências de compra no varejo físico, como caixas de autoatendimento e computadores e tablets disponíveis para agilizar o processo de busca de um produto num tamanho e cor pré-determinados, são boas estratégias já adotadas por algumas marcas e que devem permanecer em ascendência neste ano”, aposta.
4. Lojas inteligentes
Usufruindo de inteligência artificial e monitoramento das lojas, é possível coletar dados para melhor disponibilizar os produtos no estabelecimento e torná-lo mais atraente. “Dados são informações, e informações são um capital extremamente importante em qualquer negócio. Através da análise de dados podemos ter noção dos produtos mais buscados numa loja física, prevendo tendências e podendo alavancar o interesse dos consumidores pela marca”, explica.
5. Atendimento ao cliente
Não menos importante, a última observação que o CEO acredita ser um ponto crucial para o varejo em 2023 é o atendimento ao cliente. Quando vem a ser negativo, faz com que 64% das pessoas desistam de realizar compras no espaço físico da loja, segundo estudos da Opinion Box e da plataforma de marketing Dito. “Realizar treinamentos frequentes com colaboradores e atendentes faz diferença na hora que uma marca impacta o seu consumidor. Oferecer uma boa experiência não deve ser subestimado”, finaliza Juliano.