Médico veterinário sugere algumas medidas para diminuir o sofrimento dos animais e evitar ocorrências mais graves
Por UNIFG/ Comunic.ativa
As festas de final de ano proporcionam memórias e momentos de alegria e celebração para as pessoas. Contudo, apesar de entreter os seres humanos, o barulho inesperado dos fogos de artifício pode assustar, e muito, os pets. Por conta disso, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) defende que fogos de artifícios com estampidos sejam proibidos e, gradativamente, substituídos por fogos sem ruídos.
O médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UniFG, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, Rodrigo Brito explica que tanto as luzes como os barulhos dos fogos de artifício provocam fortes estímulos nos pets. “A visão e a audição desses animais são mais sensíveis que a dos seres humanos, portanto o barulho dos estouros para eles é muito mais intenso”, diz o especialista.
Assustados, os animais podem ficar muito agitados. “Varia muito de animal para animal, mas a maioria tem uma reação de grande estresse e medo. Assim, eles podem correr, fugir, se esconder, tremer e latir. Em casos mais graves, podem ter uma convulsão ou parada cardíaca e irem a óbito”, alerta o professor da UniFG.
Para lidar com o problema, Rodrigo Brito separou algumas dicas e orientações para os tutores. Confira:
- Reforce que janelas e portas estejam bem fechadas para evitar que os animais fujam durante os fogos de artifício. Se possível, certifique-se que o animal esteja com uma coleira com identificação para que, em caso de fuga, alguém possa devolver o animal;
- Na sua casa, forneça um ambiente seguro para o seu pet. Se possível, uma casinha para que ele possa se sentir mais tranquilo e protegido. Isso vai funcionar como um esconderijo seguro para o animal;
- Deixar uma televisão ou som ligado com uma música tranquila pode ajudar a distrair e minimizar a ansiedade causada pelos barulhos altos;
- Caso esteja em casa durante os barulhos, pode brincar com o animal e oferecer alguns petiscos saudáveis como uma forma de distrai-lo;
- No mercado existem roupas específicas que fazem uma compressão suave no animal e isso ajuda a acalmá-lo. O tutor pode fazer isso com panos, deixando o animal bem confortável e tranquilo;
- Jamais utilizar medicamentos não prescritos por um médico veterinário, pois isso pode piorar o quadro.
O professor destaca, por fim, que nos casos em que o tutor já sabe que o pet demonstra muito medo das luzes e estampidos de fogos de artifício, o ideal é procurar um médico veterinário com antecedência, já que nessas situações pode ser necessária a prescrição de algum medicamento que ajude a reduzir o estresse do animal. “Se o animal já for idoso ou tem histórico de problemas cardíacos também é ideal procurar o veterinário com antecedência. Além disso, se durante ou após os fogos, o tutor perceber que o animal está muito triste, ofegante ou ainda está agitado, é importante entrar em contato com o médico veterinário o quanto antes”, ressalta Rodrigo.
Foto: Divulgação/ UNIFG/ Comunic.ativa