A capoeira, nos dias atuais, é considerada, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O ritmo musical e a dança são elementos intrínsecos à capoeira, que também é arte marcial e um modo de recordação da história de resistência de um povo e do próprio Brasil. No intuito de fomentar ainda mais a capoeira, aconteceu, em Itapetinga, a 6° edição do projeto “Amigos do voo”, que teve início na última sexta-feira, 29, e se estendeu até domingo, 1° de outubro.
“A capoeira é uma forma de preservar a nossa cultura, pois ela foi desenvolvida aqui no Brasil, principalmente, aqui na Bahia. A capoeira é nossa. E nós temos que manter a cultura e evidenciar a diversidade para a criançada”, explicou Anderson Cunha Sodré, mais conhecido como mestre Borracha, que também é coordenador do projeto “Voo da liberdade”, desenvolvido na Uesb desde 1997.
Nos três dias do evento, a comunidade itapetinguense, bem como capoeiristas da cidade e região, tiveram a oportunidade de conhecerem mais sobre esse esporte e suas particularidades, por meio da realização de atividades como palestras, oficinas e mesas-redondas. Além disso, os presentes puderam prestigiar a apresentação de um show folclórico com a exibição do maculelê, puxada de rede e samba de roda, realizado pelos integrantes do projeto. O evento também foi marcado pela troca de graduação dos capoeiristas.
Para o poeta itapetinguese, Valdeique Oliveira, o “Voo da liberdade é um movimento de resistência. E vê toda a mobilização da sociedade em torno dos movimentos sociais e culturais da cidade, reforçando, assim, a questão da capoeira e dos valores resgatados a partir da nossa identidade cultural, da questão da resistência, da capoeira, dos valores da identidade negra, é muito importante”, salientou.
Já para Gustavo Morais santos, que faz parte do grupo de capoeira há seis anos, participar do evento é motivo de satisfação. “É uma grande alegria estar aqui e poder aprender coisas novas”, destacou. Ainda segundo Santos, a capoeira é um modo de viver: “A capoeira já faz parte da minha vida e sem esse esporte eu não consigo viver”.
Quem compartilha da mesma paixão é Arley Sampaio Soares, que veio da cidade de Itambé para participar da programação. “Para mim capoeira é uma forma de se expressar, além de manter a forma física”, ressaltou.
Assessoria de Comunicação