Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o resultado é decorrente de ações como o pagamento do Auxílio Emergencial e o Auxílio Brasil. No mundo, a expectativa é de crescimento de 15% na extrema pobreza
Por: Secretaria Especial de Comunicação Social
A atuação brasileira durante a pandemia da Covid-19, com o pagamento do Auxílio Emergencial por exemplo, foi essencial para mitigar os efeitos da crise gerada pela doença sobre a pobreza no país. Com isso, a previsão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é de redução de 24% na extrema pobreza no Brasil ao final de 2022.
O estudo foi apresentado pelo presidente do IPEA, Erik Figueiredo, em entrevista coletiva na quarta-feira (17) que também contou com a participação do ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
Enquanto no Brasil há uma expectativa de redução, os dados do Banco Mundial analisados pelo IPEA, mostram que, no mundo a previsão é de aumento de 15% na extrema pobreza.
“O reajuste do valor pago pelo Auxílio Brasil tem possibilitado ganhos de poder de compra que podem chegar a 116% com o piso de R$ 600”, afirma Erik Figueiredo.
O estudo também constatou que há uma interação harmônica entre o Programa Auxílio Brasil e o mercado de trabalho formal. Segundo o IPEA, foram gerados, em média, 365 novos empregos formais para cada mil famílias incluídas no programa Auxílio Brasil.
“Nós temos o mercado de trabalho formal e o Auxílio Brasil andando de mãos dadas, você tem a coexistência desses dois mercados. Isso é uma notícia muito importante, porque, de fato, o programa social, nesse caso, cumpre sua função, que é de dar segurança para que as pessoas possam buscar uma alocação no mercado formal”, reforçou o presidente do IPEA, Erik Figueiredo.
Além disso, o estudo do IPEA afirma que não foi registrado crescimento nos indicadores de saúde relacionados à má nutrição no Brasil. Pelo contrário, alguns desses indicadores apresentaram recuos significativos entre 2018 e 2021.
“A política do Auxílio Brasil está alicerçada no desenvolvimento social, na promoção, no cuidado com a primeira infância dos demais beneficiários do programa, que compõem o núcleo familiar, para fortalecer o vínculo familiar. Essa ajuda é necessária em um momento de recuperação social. A partir daí, temos um caminho, onde o desenvolvimento econômico do nosso país anda lado a lado com a proteção social da nossa população”, garantiu o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
No início de agosto, foi publicada a Lei 14.431/2022, que possibilita aos beneficiários do Auxílio Brasil o empréstimo consignado. A norma permite que seja solicitado o consignado de até 40% do valor do repasse permanente de R$ 600. Desta forma, o cidadão poderá ter até R$ 160 neste modelo de empréstimo.
De acordo com o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, a previsão é que o processo tenha início no mês de setembro.
“O nosso objetivo é democratizar o acesso ao crédito. Quando você coloca o direito ao consignado à disposição dessas famílias, você está dirigindo a elas mais uma ferramenta para busca dessa autonomia que elas merecem”, reforçou o ministro Ronaldo Bento.
Auxílio Brasil
No mês de agosto, 20,2 milhões de pessoas estão sendo atendidas pelo Auxílio Brasil em todo o país. Serão R$ 12,144 bilhões repassados para o pagamento do benefício a famílias de todas as 27 unidades da Federação. Desde julho, mais de 2,2 milhões de famílias foram incluídas no programa.
O Auxílio Brasil é voltado a famílias em situação de extrema pobreza, situação de pobreza; e também a famílias em regra de emancipação. Em situação de extrema pobreza estão as famílias que possuem renda familiar mensal per capita de até R$ 105,00. Já aquelas em situação de pobreza têm renda familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210,00.