Caso o investimento necessário seja feito, o ganho nas receitas federais será de quase R$ 952 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon)
O setor de saneamento pode contribuir para que o Brasil tenha um ganho no PIB de aproximadamente R$ 1,4 trilhão. A projeção consta em estudo divulgado pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon). De acordo com o levantamento, para atingir esse resultado, o país precisa investir R$ 893 bilhões no setor até 2033.
Segundo o diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, o ganho estimado representa um PIB de 2,7%. Na avaliação dele, a projeção mostra o evidente potencial do setor, sobretudo na capacidade de ajudar o país a crescer economicamente, por meio da ampliação dos serviços de água e esgoto.
“Consideramos que a realização desse conjunto de investimento permitiria ao país alcançar 99% da população com água tratada, e 90% da população com esgoto tratado. Ao realizar esse investimento, o setor de saneamento teria que fazer compras. Ou seja, o setor mostra, dessa forma, um vigor econômico grande para alavancar um ciclo de crescimento e contribuir para o aumento do PIB”, pontua.
De acordo com o levantamento, caso o investimento necessário seja feito no tempo adequado, o ganho nas receitas federais será de quase R$ 952 bilhões, “o que representa um importante acréscimo que irá repercutir em todas as esferas públicas”.
Metas para o próximo governo (2023-2026)
● Investimentos necessários:
R$ 59,3 bilhões em água
R$ 175,4 bilhões em esgoto
R$ 73,6 bilhões na recuperação da depreciação das redes existentes
● Níveis de atendimento a alcançar:
91% da população com abastecimento de água (mais 15 milhões de pessoas a serem atendidas)
71% da população com esgotamento sanitário (mais 27 milhões de pessoas a serem atendidas)
De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o investimento do setor entre 2018 e 2020 foi de R$ 50,5 bilhões, o que corresponde a 32,5% do montante estimado para esse mesmo período como necessário para o alcance da universalização até 2033.