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Estoque de empregos formais ativos no Brasil chega a 48,7 milhões

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Do total, 82,6% são vínculos celetistas e 17,4% estatutários. A expansão, na comparação com ano de 2020, foi de 2,4 milhões de vínculos

Por: Marquezan Araújo/Brasil 61

Dados do Ministério do Trabalho e Previdência, referentes à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), mostram que 8.472.949 estabelecimentos fizeram a declaração em 2021. O número representa um aumento de 3,37% em relação a 2020.

De acordo com a pasta, o estoque de emprego formal identificado no Brasil no fim de 2021 foi de 48.728.871 vínculos empregatícios ativos. Do total, 82,6% são vínculos celetistas e 17,4% estatutários. A expansão, na comparação com ano de 2020, foi de 2.492.695 vínculos, ou seja, um salto de 5,39% em relação ao ano anterior.

O especialista em finanças. Marcos Melo. explica que o estoque de empregos significa a quantidade de pessoas com carteira assinada, empregada tanto no setor público quanto no privado. Como isso, ele entende que o quadro é positivo e está dentro de uma tendência de aumento de empregos no Brasil que vem desde o início de 2021.

“Essa é uma boa notícia, mas há a necessidade de se aumentar a quantidade de empregos no Brasil. O aumento da empregabilidade deve ser visto não apenas com relação à quantidade de novos postos de trabalho gerados, mas também com relação à qualidade dos empregos. Isso vai promover aumento de renda e aumento de crescimento econômico”, destaca.

A questão da empregabilidade também repercutiu entre parlamentares no Congresso Nacional. Segundo a deputada federal Greyce Elias (AVANTE-MG), a criação de postos de trabalho está “conectada à estabilidade no país e segurança para se fazer negócios. Não há empregos sem empresas e não há empregos sem segurança jurídica, melhoria do ambiente de negócios, controle da inflação e responsabilidade fiscal”, pontua.

“Em suma, o país deve reduzir os encargos para empresários, melhorar marcos regulatórios, conceder à iniciativa privada empreendimentos estatais, eliminar registros desnecessários e proceder com reformas estruturais”, complementa a parlamentar.

Os jovens de até 29 anos de idade corresponderam a 27,3% do estoque de vínculos ativos no ano. A maioria dos vínculos foi de trabalhadores com ensino médio completo (51,5%). As mulheres responderam por 44,2% dos vínculos, enquanto os homens por 55,8%. Mesmo com a diferença, o número de vínculos de mulheres aumentou mais do que o de homens (6,88% e 4,24%, respectivamente).

Desempenho regional

A elevação foi registrada em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, que teve salto de 7,92%; e Norte, com 6,30%. Entre os estados, os melhores desempenhos relativos do estoque estão o Tocantins, com 10,92%; e Amazonas, com 10,40%.

Os dados mostram, ainda, que, todos os setores tiveram variação positiva, com destaque para a construção civil, que registrou a maior variação relativa, com 9,55%. Na sequência aparece a indústria, com 5,82%. O setor de serviços contou com o maior estoque do ano, com 27.414.659 vínculos, percentual 5,07% maior que em 2020. O comércio teve 9.454.656 vínculos, ou seja, 5,15% de variação positiva.

RAIS

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foi criada pelo Decreto nº 76.900, de 2 de dezembro de 1975. Trata-se de um registro administrativo, de periodicidade anual, instituído com o objetivo de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social.

É compreendido como um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, assim como para o acompanhamento e caracterização do mercado de trabalho formal no Brasil.

Foto de capa: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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