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Natal

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Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria…

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus…
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,

Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia…
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.

Nasceu a 16 dezembro 1865 (Rio de Janeiro, Brasil)

Morreu em 28 dezembro 1918 (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil).

DEDICO ESSE POEMA DE OLAVO B ILAC À FAMILIA BRUMADENSE E EM ESPECIAL A TODOS OS MEMBROS DA NOSSA QUERIDA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE BRUMADO- ALAB.

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