O Catolicismo é uma modalidade do cristianismo exercida pela Igreja Católica Romana. O termo católico, refere-se os fiéis e as instituições que reconhecem a autoridade do bispo de Roma, i.e. do Papa.
O termo Papa origina-se do grego e significa pai, inicialmente era usado por todos os bispos ; gradativamente, porém, no Ocidente e no Oriente, ficou reservado, a partir do século V, para o Bispo de Roma que entre outras denominações é tratado como Santo Padre, Sumo Pontífice, Sua Santidade etc.
Dotado de enorme poder espiritual e de indiscutível influência política, o Papa reina, no Vaticano, com a finalidade de orientação aos católicos. O nome católico significa universal e qualifica a profissão de fé dos católicos quando pugnam pela exclusividade do vocábulo.
A Igreja Católica, histórica e doutrinalmente, se distingue de outras igualmente cristãs, por exemplo, a Ortodoxa e a Anglicana e a protestante. O Termo “católico” só se tornou restrito a partir do século XI, em 1054, quando ocorreu a separação entre Roma e Constantinopla (Bizâncio), o que vale dizer, Ocidente e Oriente.
Primitivamente o nome Igreja, originário do grego, com definição específica, designava comunidades locais, sua missão universal fê-la “católica” Ao longo dos primeiros séculos de existência, sua unidade foi posta em dúvida, mercê de inúmeras dissidências, na maioria regionais.
A primeira grande cisão (Cismas da Igreja), verificou-se, no sáculo XI. Cinco séculos depois, houve outras separações, desta vez amplas e duradouras (as Reformas), trouxeram novos sistemas religiosos, ainda cristão, basicamente diferenciadas por restrições pertinentes à liturgia, a infalibilidade do Papa e ao culto das imagens, uma tradição católica, com restrições de judeus, árabes etc.
No mundo atual, o catolicismo é a religião que conta com o maior número de fiéis. A expansão missionária realizadas pelas Igrejas cristãs, fez com que seus credos, penetrassem nos mais longínquos lugares do Globo Terrestre, sem perda das características de outros sistemas religiosos vigentes.
O dogma do catolicismo resume-se no Credo com o significado latim de “eu creio”, estabelecido a partir do concílio ecumênico de Nicéia (325) e que expressa a crença no Espírito Santo e a fé na Encarnação e na Ressurreição.
No início do século XX, as Igrejas cristãs voltavam-se para o ecumenismo, proclamando a necessidade de uma reavaliação de suas posturas tradicionais. O principal propulsor dessas mudanças coube ao concílio Vaticano II (1962-1965), inspirado e convocado pelo papa João XXIII (1881-1963), inaugurado a 11 de outubro de 1962, com a presença de representantes de todas as Igrejas.
Convém salientar que o catolicismo não foi configurado nem implantado obedecendo unicamente a critérios teológicos. E por outro lado explicações históricas são insuficientes para entender sua aceitação. Pode-se supor que os aspectos peculiares da mensagem cristã bem como o desejo de compreendê-la tenham constituído os fatores dominantes para sua simulação. Compreender é viver o Evangelho. Eis o que desejava, acima de tudo a comunidade católica.
Três anos depois do encerramento do Vaticano II, a Igreja católica passava por profundas transformações: a) o catolicismo ficava permanentemente aberto ao diálogo com todos os grupos sociais e seus respectivos credos; b) as diferenças com o protestantismo, emanadas da Contrarreforma e do concílio de Trento, atenuadas e subordinadas à mediação e ao ministério da fé e a palavra de Deus; c) O concílio reconhecia a autoridade e as tradições das outra Igrejas.
Fonte: Texto inserido no dicionário de nomes, termos e conceitos históricos, de Antonio Carlos do Amaral Azevedo.