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MAÇONARIA E SUA INFLÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL

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Em 30 de março de 1818, um alvará proibia o funcionamento das lojas maçônicas. Parece que essa medida, oficialmente, foi abolida pela carta lei de 1823, não deu resultado, pois no próprio paço real havia, uma loja que congregava os empregados da ucharia [despensa], sob a denominação de São João de Bragança. (Adolfo Morales de los Rios Filho – O Rio de Janeiro Imperial.

Em 02 de junho de 1822 instalou-se a sociedade secreta Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz, denominada Apostolado (Maçonaria).

Em 05 de agosto de 1822 realizou-se a eleição do príncipe D.  Pedro, depois D.  Pedro I, para grão-mestre da Maçonaria.

José Bonifácio que não assistiu a sessão, não gostou deste acontecimento, porque via enfraquecer a sua influência política e preponderância (A. J. Melo Morais – História do Brasil Reino e Império).

O Grande Oriente, a famosa Loja Maçônica da Corte, desempenhou papel preponderantíssimo nos movimentos políticos do seu tempo.

Foi no velho sobrado da Rua Nova do Conde, que fervilhavam ideias extremas de Independência, que reboaram discursos exaltados de patriotas, que se coligaram sob juramentos em prol da grande causa nacional, os políticos mais prestigiosos e os homens mais em destaque daquela época.

Em sessão do Grande Oriente, presidida por Joaquim Gonçalves Ledo, pronuncia um discurso em que declara ser chegada à ocasião de proclamar a independência do Brasil.

Resolveu-se que d. Pedro de Alcântara , príncipe regente e defensor perpétuo , fosse aclamado rei do Brasil,  sob a monarquia constitucional representativa, com sucessão à sua dinastia ; que isto se comunicasse logo  às Províncias  e por todos os meios aos nossos irmãos e amigos, a fim de remover quaisquer dúvidas ou obstáculos; cujo ato deveria efetuar-se no dia 12 de outubro, aniversário natalício do monarca, esforçando-se todos para o desempenhar e propagar. (Ata da sessão do Grande Oriente.

Tão intensa e tão irradiante foi a ação daquela loja que, dentro de pouco tempo agremiando prosélitos entre os mais poderosos, centralizou em si o mais temível foco da propaganda, a máxima potência da Campanha.

 O príncipe, com os seus arrebatamentos de moço, foi sempre um seduzido pela Maçonaria. E mesmo, lá no íntimo, bem secretamente, d. Pedro tinha um certo temor daqueles homens poderosos, coligados na sombra. (Paulo Setúbal, em a Marquesa de Santos).

José Bonifácio, logo que d. Pedro fora eleito grão-mestre do Grande Oriente, com fim de guerrear a influência maçônica (isto é, de Gonçalves Ledo) traçou a criação do Apostolado, que se instalou poco depois.

Os membros do Apostolado denominavam-se a coluna do trono porque o fim dogmático era sustentar a monarquia constitucional, e guerrear com todas as forças as ideias republicanas (A Maçonaria no Centenário).

Tendo Joaquim Gonçalves Ledo conseguido sobrepujar, no Grande Oriente a influência de José Bonifácio, fundou este o Apostolado, sociedade secreta em que houve certa revivescência do arcontado helênico, em que foi traçada por Antonio Carlos, sob a orientação do Patriarca, a constituição política que devia reger os destinos do Brasil.

Quando d. Pedro I, em 16 de julho de 1823, fechou violentamente o Apostolado ( no dia seguinte caíram os Andradas no ostracismo),  arrebatou de lá a urna em que guardavam todos os documentos daquela associação secreta, achando-se agora a mesma no  museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro… (Basílio de Magalhães, História do Brasil, II).

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