Com 46% da população sedentária, o Brasil é o quinto país do mundo com o maior índice de sedentarismo
Por: MF Press Global
A modernidade e as inovações tecnológicas trouxeram uma série de benefícios, mas a comodidade trazida por eles acaba por reduzir drasticamente a prática de atividades físicas, o que desencadeia uma série de problemas.
O estilo de vida sedentário está ligado a diversas doenças, como obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares e até mesmo depressão, além disso, a falta de atividade física pode afetar a qualidade do sono, a postura e a saúde mental, aumentando o estresse e a ansiedade.
Mas além das condições mais comumente relacionadas ao sedentarismo, ele também pode ser um importante fator para o desenvolvimento de disfunções neuronais.
De acordo com o artigo científico“Relação entre fadiga, dependência de dopamina com as disfunções neuronais”, publicado pelo Brazilian Journal of Development e produzido pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a modernidade leva o ser humano a desenvolver fadiga e ter falta de atividades físicas, o que pode ser um fator importante para o surgimento de disfunções neuronais.
“Nossa geração não se encontra cansada, e sim com fadiga diferentes de nossos primatas que se locomoviam quilômetros para caçar. Atualmente, as pessoas são bem mais sedentárias, contribuindo dessa maneira para um distúrbio dos neurotransmissores”.
“Distúrbios dos neurotransmissores é a resposta para a falta de comunicação com as demais células, trazendo a abundância do cortisol para o nosso corpo. A falta de serotonina faz com que o cortisol entre em ação, ocasionando mal estar. Isso ocorre no trabalho em casa, é quando desencadeia a síndrome de fadiga crônica (SFC)”.
“Vivemos num sedentarismo sem limites, ou seja, nada que nos motive a nos movermos e ficarmos por muito tempo na ociosidade, somos responsáveis pela alteração do metabolismo quando não dormimos corretamente, […] nos levando a obter hábitos desreguladores e influenciando diretamente em nossos hormônios neurotransmissores e receptores.” Afirma o artigo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quinto país mais sedentário do mundo e o primeiro da América Latina e, segundo dados do IBGE, cerca de 47% dos brasileiros são considerados sedentários, o que acende o alerta para a população brasileira a todos os problemas que podem ser causados devido a isso.