“Qual o Qualis da Revista?”. “Não escolha onde publicar sem antes conferir a classificação Qualis da revista”. Certamente, todo pesquisador já se deparou com alguma situação semelhante a essa no ambiente acadêmico.
Por: ASCOM/UESB
“Qual o Qualis da Revista?”. “Não escolha onde publicar sem antes conferir a classificação Qualis da revista”. Certamente, todo pesquisador já se deparou com alguma situação semelhante a essa no ambiente acadêmico. Normalmente, são os interessados em ingressar em cursos de pós-graduação ou pós-graduandos que costumam trazer o assunto “Qualis” à tona. Isso acontece porque entender o que é Qualis é fundamental para saber quais as revistas científicas são mais bem avaliadas e possuem credibilidade para se submeter um artigo.
Nesse sentido, a Uesb se apresenta como uma excelente alternativa para os pesquisadores. De acordo com o último ranking de Qualis (2017-2020), a Universidade teve resultado positivo e apresentou subida no estrato em vários periódicos. Além disso, algumas revistas foram inseridas na classificação, estreando no ranking.
Mais o que é Qualis? – Para começar, é preciso solucionar uma confusão muito comum: o Qualis não é uma base de indexação de periódicos. Ou seja, ele não “armazena” informações bibliográficas dos artigos e não adianta solicitar a inclusão da sua revista acadêmica no Qualis. Na verdade, ele funciona como uma ferramenta de avaliação de programas de pós-graduação do Brasil e é desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O Qualis Capes oferece uma classificação de periódicos que retratam o produto intelectual dos programas de pós-graduação brasileiros no que diz respeito aos artigos publicados em diversos periódicos, revistas, anais e livros científicos, englobando todas as áreas do conhecimento. Antes, o sistema tinha a sua própria plataforma, mas, atualmente, faz parte da Plataforma Sucupira – que engloba vários sistemas e funcionalidades oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Como é avaliado? – O método de análise foi criado para classificar a qualidade dos artigos stricto sensu e das pesquisas científicas. Como resultado, uma lista com a classificação é disponibilizada e pode ser acessada por quem deseja conhecer os periódicos que apresentam um bom conteúdo.
Todo ano, a classificação Qualis passa por um processo de atualização. Isso é importante porque, com frequência, aparecem novos periódicos, das mais diversas áreas. Porém, existe uma categorização básica, que varia de acordo com indicativos de qualidade. Esses indicadores vão de A1 – mais elevado -, passando por A2, B1, B2, B3, B4, B5 até C – com peso zero.
O Qualis Capes para periódicos é caracterizado e estratificado da seguinte forma: A1 e A2, que contemplam periódicos de excelência internacional; B1 e B2, abrangem os periódicos de excelência nacional; B3, B4, e B5, consideram os periódicos de média relevância; C, contempla periódicos de baixa relevância, ou seja, considerados não científicos e inacessíveis para avaliação.
Natalino Perovano Filho, coordenador do Portal de Periódicos da Uesb, ressalta que as metodologias foram alteradas ao longo do quadriênio 2017-2020, não sendo a mesma que foi utilizada no quadriênio anterior. Uma das alterações foi a inclusão de indexadores e métricas de citação. A tabela abaixo mostra uma lista, levando em consideração apenas a área-mãe atual em comparação com o estrato obtido no Qualis 2013-2016.
Qualis nos periódicos da Uesb – Conforme a classificação do quadriênio 2017-2020, última a ser divulgada pela Capes, houve subida de estrato em sete periódicos da Uesb. Outras sete revistas que não estavam na avaliação anterior agora figuram na lista de avaliação (confira na imagem acima). Atualmente, a Uesb conta com 24 revistas.
Natalino acredita que o resultado demonstra a consolidação e indica que os periódicos estão sendo considerados como fontes de publicação e de divulgação da produção científica, nacional e internacional, principalmente em produções relacionadas com os Programas de Pós-Graduação. “É importante termos nossos periódicos com subida de estrato no Qualis, pois indica que eles estão sendo reconhecidos entre os pares na comunidade científica. Além disso, favorece as trocas de conhecimento e o desenvolvimento de novas pesquisas e produções, ampliando nossa produção científica, e auxilia na divulgação e disseminação de nossas produções com as comunidades científicas das áreas de avaliação”, avalia.
Maiores evoluções – A Revista Odeere está no grupo de periódicos com destaque na classificação Qualis ao longo do quadriênio 2017-2020, saindo de B5 para B1. De acordo com Natalino, que também é editor da Revista, a equipe editorial esteve engajada em buscar a subida da estratificação do Qualis da publicação, tendo como foco o processo de indexação em diversos indexadores, bases de dados e diretórios nacionais e internacionais. Ele aponta como principal desafio a manutenção do processo editorial, a busca por novos avaliadores e a realização do processo de editoração dentro do prazo da periodicidade indicada.
O destaque no ranking da Uesb é a Revista Práxis Educacional, saindo de B1 e alcançando A2. Para o editor e professor Cláudio Nunes, o resultado é fruto de um longo trabalho que vai desde autoavaliação periódica da revista até campanha de divulgação internacional. “Muitos fatores têm sido importantes para figurar com o melhor estrato entre os periódicos da Uesb e ser uma das revistas da área da educação que está melhor posicionada em toda região Norte e Nordeste. O planejamento é sempre fundamental. Além disso, integrar importantes indexadores, fazer campanha de divulgação em mais de 30 países, buscando o diálogo com autores e pesquisadores da área de educação, tem feito com que sejamos extremamente procurados, requisitados pelos pesquisadores”, avalia.
Como desafios, o professor aponta a necessidade de uma política institucional de maior fortalecimento do Portal. Além disso, revela que todo o planejamento da Práxis Educacional é para que ela perfile, ao final do quadriênio 2021-2024, com Qualis A1. “Também queremos ser reconhecidos como uma revista de interesse internacional e o desafio de alcançar dois importantes indexadores (Scielo e Scopus)”, finaliza.
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