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II Encontro do Comitê Local do Proler/Uneb Brumado e III Seminário de Leitura, Literatura e Alfabetização superam expectativas

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A Universidade do Estado da Bahia – Uneb – Campus de Brumado, através do Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas, por meio de educadores e alunos do Curso de Letras, realizou entre os dias 11 a 13 de agosto o II Encontro do Comitê Local do Proler e o III Seminário do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Alfabetização, Leitura e Literatura – Lepall. O evento, que teve por objetivo promover o intercâmbio entre pesquisadores das Instituições de diferentes regiões do país e estimular e fortalecer as ações de leitura na região de Brumado, contou com a presença de um público estimado entre 300 pessoas, entre pesquisadores, discentes e docentes, artistas, escritores, além de pessoas apaixonadas pela cultura da região e a leitura.

Foto: Jamille Amorim

O evento que esse ano foi realizado em âmbito de nível nacional se destacou pela participação de pesquisadores de outros Estados da Federação, segundo Daniela Galdino Nascimento, professora de Literatura da Uneb/Campus de Brumado e uma das responsáveis pela realização do evento. Ainda segundo a educadora, o II Encontro do Comitê Local do Proler e o III Seminário do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Alfabetização, Leitura e Literatura – Lepall –  foi um grande espaço para que os participantes do evento pudessem debater e trocar experiências com foco nas questões que tratam os ‘Sertões Nordestinos’ como Território de Formação de leitores, de criação literária, de edição de livros e edições alternativas de livros. “É necessário pensar não somente em um Sertão, mas o Território como de vários Sertões. Nessas várias conexões, desses vários Sertões é reunir todos que movimentam vários segmentos na área da literatura”, afirma Daniela Galdino. 

Durante os três dias do evento os participantes puderam envolver-se em minicursos, oficinas, noites culturais, conferências, mesas redondas, diálogos entre escritores, além de exposições de desenhos, livros e cordéis.

A aluna do 1º semestre do curso de Letras, Mônica Silva, destacou a importância do incentivo da leitura popular que o evento evidenciou durante os três dias, por meio dos contos de cordel, suas curiosidades e peculiaridades. Mônica disse ter se interessado, particularmente, em participar da Oficina de Xilogravura e não ter se arrependido. “Foi incrível presenciar a naturalidade que o artista faz seus desenhos e dialoga sobre a arte de uma forma tão própria e particular. Sem sobra de dúvida, foi a Oficina mais interessante, pois trata-se de uma arte admirável e um momento memorável”, afirma.

Foto: Jamille Amorim 

A Oficina de Xilogravura foi ministrada pelo artista plástico, pintor, desenhista, ceramista e poeta cordelista, Luiz Natividade, que é responsável pela criação de mais de 1.030 xilogravuras e ilustra várias capas de cordéis com o objetivo de potencializar a cultura popular do cordel no sertão baiano. No II Encontro do Comitê Local do Proler e o III Seminário do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Alfabetização, Leitura e Literatura – Lepall – o baiano, que já ministrou várias Oficinas em diversos Encontros dos quais participou, destacou ter pretendido trazer uma forma simples de incentivar novos artista com a arte de desenhar.  

Jorge Filó e Clécio Rimas, poetas e cordelistas pernambucanos, participaram do evento apresentando um trabalho que desenvolvem, a arte do improviso e a poesia do repente, trazendo para os participantes, como explicaram, um pouco do sertão em que vivem. “Queremos ensinar um pouco da cultura, das regras e cantoria, pois somos apaixonados por esse trabalho que aqui na região é bastante divulgado por Xangai e Elomar”, observou Jorge Filó. Na Oficina ‘Poesia de Repentes, Embolados e Outras Rimas’, os pernambucanos mostraram um pouco dos ‘sertões’ em que vivem e buscaram motivar os participantes a aventurar-se pelo mundo do improviso, que segundo Clésio Rimas, é um dom natural, não uma habilidade a ser ensinada ou aprendida, que vem sendo preservada por “pessoas simples que não tem formação acadêmica, mas não deixam a poesia ser uma cultura de visão de mundo própria”.

Foto: Jamille Amorim 

A realização do II Encontro do Comitê Local do Proler e o III Seminário do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Alfabetização, Leitura e Literatura – Lepall – contou com o apoio das Pró-Reitorias de Extensão (Proex), de Ações Afirmativas (Proaf) e de Ensino de Graduação (Prograd) da Universidade do Estado da Bahia; das Fundações Cultural do Estado da Bahia  (Funceb) e Pedro Calmon (FPC), vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura da Bahia; da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas  (Unicamp/SP); da Universidade Federal de Uberlândia/MG; do Mestrado em Linguagens e Representações da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc); do Mestrado em Literatura e Diversidade Cultural da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs); do Grupo Janus e do Mestrado em Linguística da Universidade do Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb); do  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); do Programa Integrado Parto sem Medo, do médico paulista Alberto Jorge de Sousa Guimarães, e da Prefeitura Municipal de Brumado, através da Secretaria Municipal de Educação.

Foto: Jamille Amorim 
Foto: Jamille Amorim 

 

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