Troca de matriz energética gera retorno e se torna cada vez mais acessível no Brasil
Por: Flávia Viana/Conversion
O uso de energia solar cresce exponencialmente no Brasil e teve um salto em 2022. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a quantidade de sistema de geração de energia aumentou 300% nos últimos três anos. No mês de fevereiro, o Brasil atingiu mais de 25 gigawatts de potência instalada, se somarmos grandes usinas e a geração individual. E quais benefícios isso traz para os usuários?
Usualmente, as pessoas buscam essa matriz energética como forma de economizar na conta de luz e adotar uma maneira mais sustentável de gerar energia. Este é um raciocínio que faz sentido, tendo em vista a possibilidade de reduzir em mais de 70% a tarifa e as mais de 33,4 milhões de toneladas de CO2 que não foram emitidas no Brasil desde 2012, graças à geração energética domiciliar.
Ademais, a indústria de energia solar tem se tornado muito importante. Atualmente, essa matriz energética só fica atrás da hídrica entre as mais utilizadas do país. Não obstante, mais de R$ 39 bilhões foram gerados aos cofres públicos, mais de R$ 125 bilhões foram atraídos para o PIB do país e 750 mil empregos foram gerados no setor desde 2012, de acordo com a Absolar.
Os tipos de energia solar
No entanto, para que funcione, as coisas precisam ser bem feitas. Em primeiro lugar, é necessário saber o tipo de energia que será adotada no seu imóvel. A mais comum é a fotovoltaica, que consiste na geração de energia para qualquer finalidade, a partir de painéis de fácil instalação. Este sistema é mais indicado para casas devido a necessidade de um telhado amplo para abrigar o equipamento.
Em contrapartida, o sistema heliotérmico é compatível com casas menores e apartamentos, porém não serve para todas as finalidades. O seu funcionamento é baseado em coletores solares capazes de armazenar energia para aquecer duchas, piscinas e chuveiros por 24 a 48 horas. Dessa forma, o custo com duchas elétricas e aquecedores de água é drasticamente reduzido na tarifa.
Os custos
A redução na tarifa de energia é garantida, bem como a eficiência do investimento em longo prazo. Os painéis podem durar cerca de 25 anos, enquanto o valor investido na instalação do sistema pode levar entre dois e cinco anos para ser compensado. Entretanto, esse custo para a implementação do equipamento chega a R$ 25 mil, algo fora da realidade da maior parte dos brasileiros, e é um obstáculo para o fortalecimento do setor.
Nesse sentido, o financiamento para energia solar é bastante oportuno e permite pagar a instalação dos painéis em suaves prestações. No caso do sistema fotovoltaico, ele é conectado à rede de distribuição comum do município e, por isso, não elimina totalmente a tarifa. Por outro lado, os kWh gerados na sua residência te dão créditos para abater o valor da conta ou cobrir o custo mensal com as parcelas do financiamento.