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O risco ao se confundir sintomas de Infarto com crises de ansiedade Psicanalista alerta que diagnóstico errado atrasa o tratamento adequado

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Por: Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

 

 

O universo da saúde no Brasil e no mundo passa por transformações muito peculiares e cada vez mais, fala-se sobre a saúde mental e seus variados transtornos e neuroses.

Neste sentido, as crises de ansiedade e a depressão ganharam os holofotes. No entanto, existem algumas doenças que trazem sintomas muito parecidos ou relacionados.

É o caso das cardiopatias que representam a segunda maior causa de mortes no mundo. A sensação de ansiedade e estresse provocada por um acometimento leve de sintomas de infarto, principalmente nas mulheres, camufla o diagnóstico, o que acaba por confundir o cuidado e impedir a busca por um atendimento médico especializado.

Um cenário muito sério, pois sinais de agravamento de certas doenças estão sendo negligenciados, uma vez que, as pessoas acreditam que se trata apenas de uma simples crise de ansiedade e podem perder o timing necessário para o controle da doença coronariana.

O infarto feminino, por exemplo, se inicia por sintomas mais moderados que, justamente por isso provocam essa confusão no diagnóstico por se assemelhar muito ao estresse e a ansiedade.

É uma doença, extremamente grave, que exige que a busca pelo diagnóstico e tratamento e deve ser feita com a maior brevidade, seguindo os protocolos médicos específicos, do contrário, pode vir a apresentar resultados irreversíveis.

Taquicardia, sudorese elevada, respiração ofegante e acelerada, sensação de dores articulares, fadigas, palpitações, falta de ar, dores nas costas e ombro, são alguns dos sintomas comuns a uma crise de ansiedade, que podem também surgir quando da iminência de um infarto.

Normalmente, as mulheres, por possuírem estruturas coronárias um pouco diferente dos homens, costumam relatar a dor como um aperto do peito, semelhante a uma crise de ansiedade.

No entanto, o que é preciso estar atento é que a crise de ansiedade, em muitos casos, vem em decorrência de algum gatilho emocional disparado: uma preocupação excessiva, um estresse elevado, uma tensão recorrente, fobias vibratórias, entre outros.

 Por outro lado, não podemos esquecer também que o excesso de estresse, a vida sedentária, alimentação inadequada, ritmo acelerado, consumo de álcool, tabagismo, falta de qualidade de vida, sono desregulado, podem potencializar os riscos de infarto.

Ou seja, as doenças cardíacas podem sim se associar ao estresse, à ansiedade e as doenças mentais e/ou emocionais.

Enfim, seja de base psicológica ou fisiológica, todo e qualquer desconforto físico e mental, deve ser investigado previamente com o profissional especializado para tanto.

Infelizmente, ainda é muito latente em nossa cultura, o autodiagnóstico e automedicação através do auxílio da internet.

Hábitos inadequados que podem negligenciar e minimizar os riscos de doenças graves como as cardiopatias, que devem ser acolhidas dentro de um delta tempo recomendado, para que o paciente fuja do risco de morte e de outras comorbidades.

Portanto, um tema que demonstra, mais uma vez, a importância do autoconhecimento do ser humano, pois se autoconhecendo fica mais fácil identificar se aquele sintoma está diferente dos demais e se a dor física pode ter relação direta com a dor emocional.

Uma atenção que passa por uma questão de amor próprio e responsabilidade consigo mesmo, pois em alguns casos, cada minuto é precioso para o sucesso do tratamento. Valorizando ainda mais nossa vida e promovendo a saúde mental e o equilíbrio físico adequado ao nosso bem-estar.

 

Foto de capa: Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745