O que são as tensões elétricas disponíveis para o funcionamento dos equipamentos elétricos em casa? A Sil Fios e Cabos Elétricos explica
Por: Alex Sander/Sil
Equipamentos elétricos e eletrônicos funcionam nas tensões 127 V ou 220 V: quando se faz um projeto elétrico, é necessário averiguar as especificações da localidade onde se está construindo ou reformando para saber qual a voltagem elétrica disponibilizada pela empresa responsável pelo fornecimento. Essa informação é de extrema importância, uma vez que no Brasil não existe um padrão nos Estados e essa variação pode acontecer mesmo entre municípios pertencentes a uma mesma unidade Federativa.
Segundo Nelson Volyk, gerente de Engenharia de Produto da Sil Fios e Cabos Elétricos, a distinção surgiu desde o início do processo de instalação das redes elétricas no país, entre os séculos XIX e XX. “Oriundas de diversos partes do mundo, várias companhias vieram para o Brasil e, nesse momento, não tínhamos um padrão estipulado por aqui”, relata. Dados da ABRADEE (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica) mostram que os Estados das regiões Sudeste, Norte e parte do Centro-Oeste utilizam a tensão 127 V, enquanto o Sul e alguns Estados do Nordeste utilizam 220 V.
Líder de mercado na produção e comercialização de fios e cabos elétricos de baixa tensão de até 1kV, a Sil Fios e Cabos Elétricos é reconhecida, em todo país, como referência em alta qualidade, tecnologia e inovação com produtos para instalações em residências, indústrias e condomínios, entre outros. Acompanhe o guia realizado pela empresa com os principais esclarecimentos sobre as tensões de 127 e 220 V.
O que muda de uma voltagem para a outra?
Quando um fabricante elabora um produto elétrico, parte-se do princípio de que a sua alimentação acontecerá por meio de uma pilha ou tomada – nesse caso, também pode ser bivolt, como a maioria dos produtos atuais, mas para produtos de maior consumo elétrico, geralmente são 127 V ou 220 V.
O gasto elétrico de um produto não tem relação com a sua tensão elétrica. Isto significa que dois produtos de mesma potência elétrica podem ser fabricados para serem ligados em tensões diferentes e o que define o consumo é justamente a potência do produto, independentemente de ser 127 V ou 220 V.
Para mesma potência elétrica, um produto 127 V consome mais corrente elétrica que um de 220 V, devido à seguinte fórmula:
P = V x I
P – Potência elétrica em Watts (W)
V – Tensão elétrica em Volts (V)
I – Corrente elétrica em Ampère (A)
Dessa forma um chuveiro de 7500 W, fabricado com resistência para 127 V, possui uma corrente elétrica maior, se comparado com uma resistência para 220 V. De acordo com o especialista da Sil, o equipamento 127 V necessitará de um condutor elétrico de maior seção nominal se comparado com um de mesma potência ligado em 220 V, deixando a instalação elétrica mais cara.
Ele também faz a ressalva para que um produto 127 V não seja ligado em uma tomada 220 V. “Por não ser elaborado para trabalhar com uma tensão mais elevada, é fato que o equipamento queimará. Pensando em uma situação inversa, não haverá danos, mas seu funcionamento não será o esperado”, orienta Nelson.
Vale ressaltar que a tarifa mensal não é impactada pela tensão e muitos erram ao considerar que os aparelhos de 220 V são os vilões. “A potência (em Watts) e o tempo de uso do equipamento são os fatores que influenciam o consumo de energia elétrica”, detalha o gerente da Sil.
Atualmente, produtos com menor consumo são fabricados para serem ligados em qualquer tomada, ou seja, ele reconhece a tensão que foi conectado. Estes produtos bivolts permitem o funcionamento em qualquer uma das tensões, sem comprometer o funcionamento, eliminam a preocupação de usuários que se movimentam de uma cidade para outra e não sabem se o seu aparelho está adequado para funcionar na voltagem disponível. “O sistema presente em notebooks, e carregadores de celular são casos clássicos de bivolts”, detalha o especialista.
Instalação das tensões de 127 e 220 V
No Brasil, a Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (NBR 5410) estabelece como padrão as seguintes cores:
– Azul-claro para condutores neutros;
– Verde ou verde/amarelo para condutores de proteção, também conhecido como terra.
As demais cores possuem uso livre e só não podem ser utilizadas como neutro e terra.
A diferença de cor é essencial em uma instalação elétrica. Para uma tomada de 127 V, o profissional manuseará um condutor com isolação azul-claro, saindo do barramento neutro do quadro de distribuição e um condutor fase (de qualquer cor, exceto azul-claro e verde ou verde/amarelo) saindo do disjuntor. Para o condutor terra, o profissional usará o cabo da cor verde ou verde/amarelo.
Já as tomadas de 220 V utilizam dois condutores fase saindo de um disjuntor bipolar e o condutor terra na cor verde ou verde/amarelo. Como vimos acima, as cores das fases são livres, não sendo permitido o azul-claro e verde ou verde/amarelo. Em algumas regiões do Brasil, é possível encontrar a tomada de 220 V formada por um condutor fase e um neutro.
No portfólio da Sil Fios e Cabos Elétricos, os mais empregados nos projetos de instalação são o Cabo FlexSil 750V, com isolação em PVC e reconhecido por sua excelente flexibilidade e facilidade para a instalação, e o Cabo Flexível Silnax 0,6/1kV HEPR 90⁰C, que apresenta uma capacidade de corrente elétrica superior com relação aos cabos isolados em PVC. A decisão entre os dois produtos acontece de acordo com as especificidades do circuito e a localização. “O Flexsil 750V é recomendado para instalações protegidas, como, por exemplo, em eletroduto, enquanto o Silnax tem uma aplicação mais ampla, onde além da utilização em eletroduto, pode ser utilizado em bandejas e leitos”, explica o gerente especialista da empresa.
Como identificar se uma tensão é 127 V ou 220 V?
De acordo com o especialista da Sil Fio e Cabos e Elétricos, caso não se conheça a tensão, a medição ser aferida nas tomadas por meio do multímetro na escala de tensão ou, de maneira mais popular, com o chaveiro de teste de tensão.
Como o consumidor pode ter a certeza sobre as instalações seguras nas duas tensões?
Seja para uma nova instalação ou um reparo, ou complemento na instalação existente, a Sil sempre recomenda a contratação de um profissional especializado para o exercício da função. “Por isso, apresentamos a palestra Condutores Elétricos de Baixa Tensão para contribuir com a capacitação dos profissionais, bem como ajudar na escolha dos materiais. Só em 2022, a Sil realizou treinamentos para mais de 3 mil pessoas”, informa Nelson Volyk.
Ainda assim, caso o consumidor queira, por conta própria, fazer alguma intervenção na instalação, a empresa esclarece que a norma técnica NBR 5410 solicita que os condutores estejam desenergizados, de maneira que não haja risco de choque elétrico ou curto-circuito.
Quais erros mais comuns nas instalações das tensões 127 V e 220 V?
A empresa alerta sobre duas situações a serem evitadas durante as instalações:
– Cabo dimensionado de forma incorreta: situação em que a seção nominal do cabo, também conhecido como ‘bitola’, é inferior ao necessário para o projeto, podendo incorrer em aquecimento excessivo, aumento da conta de energia e riscos de curto-circuito;
– Cabos fora de norma: quando o fio em questão não apresenta a quantidade correta de cobre, a instalação torna-se insegura e responsável por uma conta de energia mais alta.
O que acontece se o equipamento eletrônico for ligado na tensão errada?
Como cada aparelho é produzido para trabalhar em uma tensão nominal – exceto aqueles com sistema bivolt –, a conexão incorreta de um equipamento 127 V na tensão 220 V acarretará na queima do equipamento. Se a situação for inversa, um equipamento 220 V ligado em 127 V não queimará, porém, não funcionará adequadamente ou ligará.
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