Em uma solenidade cercada por honras e disciplina militares, a major Ana Fausta de Assis assumiu o 13º Grupo de Bombeiros Militares (GBM), tornando-se, nesta quinta-feira (15), a primeira mulher a chefiar o cargo. Também foram intitulados o novo assistente militar do Comando Geral, coronel José Ribeiro Braga, o diretor do Departamento de Auditoria e Finanças, tenente-coronel Domingos Sávio de Souza, o coordenador de Saúde, tenente-coronel José Jorge da Silva, e os comandantes do 1º GBM, major Augusto César Nobre, e do 12º GBM, tenente-coronel Sanderson de Castro.
Ana Fausta entrou para a Polícia Militar em 1990 e ingressou no Corpo de Bombeiros sete anos depois. “Fui a primeira oficiala a ir para o Corpo de Bombeiros. Ser bombeiro é tudo. A atividade de salvar vidas engrandece qualquer ser humano. Eu acho que é o segundo maior desafio que assumo na minha vida, o primeiro foi criar filhos. Vou abraçar a nova tarefa com todo o carinho e toda a feminilidade, porque o toque feminino é necessário em tudo nessa vida”, afirmou.
O 13º GBM, ou Grupamento Marítimo (Gmar), é responsável pelo salvamento aquático e também pela parte de mergulho e resgate em Salvador. Os membros do grupamento aprovam a nova comandante. Segundo o tenente Joel Adriano, a expectativa é a melhor possível. “Nós já trabalhamos com a major Ana Fausta entre 2012 e 2014. Eu tenho certeza de que ela vai dar conta do recado. O Gmar está recebendo a nova comandante de braços abertos”.
Já o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Francisco Telles, ressalta que a major Ana Fausta é da primeira turma de mulheres que ingressaram no Estado como militares. “É a primeira oficiala superior militar estadual. Ela vem se conduzindo de forma muito proativa e se habilitou a ser a primeira comandante mulher de um grupamento do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. E nada melhor que um grupamento especializado, que precisa desenvolver seus serviços e hoje está se tornando referência em mergulho de segurança pública no Brasil”.
O comandante ainda destaca a importância da troca de comando na corporação. “Nós militares, periodicamente, fazemos essa troca. E isso se baseia em que, quando assumimos, temos o dever e a salutar necessidade de fazer algo mais, de renovar as esperanças e as energias. Isso naturalmente favorece os serviços prestados”.