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Desenvolvimento saudável na adolescência é tema de pesquisa desenvolvida na Univali

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Pesquisadores estão cadastrando famílias para programa de parentalidade positiva

Por: Roberta Ramos/Univali

Alunos e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e do curso de graduação em Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) estão desenvolvendo um projeto que propõe a aplicação de um programa de intervenções voltado a famílias com adolescentes.

O objetivo do projeto, coordenado pela professora Carina Nunes Bossardi, é avaliar os reflexos da parentalidade positiva no desenvolvimento saudável na adolescência. A pesquisa começou a ser desenvolvida em 2022 e os pesquisadores estão cadastrando famílias interessadas em participar da nova etapa do projeto.

O programa é realizado de forma remota por meio de videoconferências e reuniões. São oito encontros com temáticas específicas desenvolvidas de forma interativa com o uso de vídeos, atividades de grupo e discussões. Podem participar pais, mães ou cuidadores, responsáveis por adolescentes na faixa etária entre 11 e 18 anos e residentes no Estado de Santa Catarina. “Os interessados em participar da pesquisa-intervenção devem ser maiores de 18 anos, precisam assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e ter disponibilidade para compor o grupo em dias e horários em comum acordo, bem como precisam ter acesso a equipamentos para participação de forma remota”, explica a professora Carina.

Os grupos serão formados por, no máximo, 15 pessoas e a intervenção será conduzida por duplas de pesquisadores, sendo um profissional e outro estudante de Psicologia. Os principais temas abordados são princípios de parentalidade positiva, elementos para promoção de um ambiente familiar positivo, empatia e comunicação na relação pais e filhos e comportamentos difíceis do adolescente.

Desde o início da pesquisa, o grupo já realizou intervenções com mais de 20 famílias. “A análise de dados possibilitou conhecer características das famílias de adolescentes, especialmente no que se refere à parentalidade, coparentalidade e formas de resolução de conflitos. Durante o pré-teste, 14 famílias foram identificadas com escores de parentalidade positiva entre ótimo e bom e o restante entre os escores regular e de risco. Após a participação no grupo, somente cinco famílias tiveram sua parentalidade classificada como regular e uma como de risco. Sendo assim, os índices de punição inconsistente, negligência, disciplina relaxada, monitoria negativa e abuso físico tiveram seus escores reduzidos após a participação dos pais nos grupos”, complementa Carina.

A pesquisa desenvolvida em Itajaí faz parte do projeto intitulado “Parentalidade positiva e promoção do desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes com desenvolvimento típico e atípico: verificação de evidências de validade de intervenções on-line”, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O programa de intervenção foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) no edital nº 15/2021.

“Após a análise dos dados, os pesquisadores irão adaptar o programa e propor um produto para detectar mais efetivamente estratégias para diminuição dos fatores de risco e de aumento dos fatores de proteção no campo das relações familiares por meio do uso das tecnologias”, acrescenta a professora.

Para participar da pesquisa é preciso fazer a inscrição neste link. O recrutamento dos participantes será feito de forma on-line.

Foto de Capa: Internet/Reprodução

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