Entenda como as artes podem mudar a vida de pessoas em situação de vulnerabilidade
Por: Agência Press Release
Você sabia que a cultura pode ser uma importante ferramenta para a promoção social, gerando oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade social? Através da expressão cultural, é possível estimular o desenvolvimento integral de jovens e adolescentes, considerando os aspectos cognitivos, artísticos e culturais. Os projetos artísticos oferecem oportunidades para o aprimoramento de habilidades e talentos, além de proporcionar novas experiências e ampliar o repertório cultural de pessoas de diversas comunidades, proporcionando um espaço para que esses indivíduos possam se expressar.
Sophia Utnick, empresária que investe em talentos de diversas comunidades, destaca a importância dos projetos culturais voltados para crianças e adolescentes. Segundo ela, eles não só incentivam o aprimoramento de talentos, mas também contribuem para que os jovens terminem os estudos e se especializem em suas áreas de interesse.
Segundo a empresária,para garantir o acesso à cultura, é importante que sejam criados programas e projetos que promovam a inclusão social e a democratização. É preciso investir em espaços culturais públicos, como teatros, cinemas, museus e bibliotecas, e incentivar a formação de grupos culturais e artistas locais. Além disso, é crucial que a cultura seja integrada ao sistema educacional, garantindo que todas as crianças e jovens tenham acesso à formação cultural e artística.
Izaias Florencia Ribeiro da Silva tem 19 anos e é professor de Instrumentos de Metais, como saxofone e trompete. Ele trabalha em uma instituição que atende jovens em situação de vulnerabilidade social. “Eu fui aluno do projeto, onde tive aulas de música desde os 7 anos, começando pelo violão e coral. Aos 9 anos comecei aulas de violino e aos 10 de metais. Despertei um interesse muito grande pelos instrumentos, ficava admirando os timbres e as músicas que se formavam através dele. Por ser meio “metido” e de certa forma curioso, sempre pedia para tocar todos os instrumentos que haviam na sala de aula, descobrindo e aprendendo um pouco sobre cada um, dando o melhor de mim, gostava dos desafios que a música me proporciona.” ressalta o professor.
Ele conta que a cultura lhe proporcionou inúmeras oportunidades e possibilidades “Assim que concluí o ensino médio, vim até o Bairro da Juventude, a Instituição que estudei, para pedir uma oportunidade de emprego, pois sabia que aqui eu seria acolhido. Hoje atuo como professor de instrumentos de metais, e é muito gratificante saber que um dia eu estive no lugar das crianças que assistem minhas aulas, e que conquistei essa posição. No futuro, muitas dessas crianças também poderão atuar com a arte, e isso me motiva e me inspira a cada dia que passa. Se não fosse por essa oficina onde tive aulas, eu não teria tido contato com instrumentos musicais tão cedo e não teria desenvolvido essa paixão pela música que hoje é parte essencial da minha vida.
Sophia afirma que é fundamental que a cultura seja vista como um meio para a promoção da cidadania e da inclusão social, e não como um fim em si mesmo. “Ao investir em projetos culturais, estamos investindo no desenvolvimento humano, na promoção da diversidade e na construção de uma sociedade mais justa e democrática” destaca a empresária, “E com isso,incentivamos o crescimento em todos os sentidos, não somente na questão financeira. Mas culturalmente, intelectualmente, espiritualmente – é oportunizar o crescimento como ser humano”, completa. Para ela, a história dos jovens que têm a vida transformada pela cultura, mostra que é possível sonhar e alcançar os objetivos, desde que haja oportunidades para isso.
“Através de projetos sociais, eu e meus cinco irmãos tivemos a chance de nos especializarmos em diversas áreas, todos passamos pela mesma instituição, o que nos abriu portas para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento pessoal. Sou grato por todas as oportunidades que a cultura me proporcionou e espero poder continuar a contribuir para que outros jovens também possam ter as mesmas chances que eu tive”, finaliza o jovem.