Curta-metragem está disponível no canal do grupo no You Tube
Por: Alana Gandr/Agência Brasil
O Fórum Grita Baixada, movimento social que atua em prol de iniciativas voltadas aos direitos humanos, justiça e a uma política de segurança pública cidadã para a Baixada Fluminense, lançou nesta sexta-feira (28) um minidocumentário em homenagem ao Dia da Baixada, que se comemora no próximo domingo (30 de abril). O curta-metragem A Baixada pela Baixada ficará disponível permanentemente no canal do movimento no You tube.
O lançamento foi antecipado para facilitar a repercussão e o compartilhamento, explicou à Agência Brasil o coordenador executivo do fórum, Adriano de Araujo. A organização colheu depoimentos de moradores das 13 cidades que compõem a Baixada Fluminense. Segundo Araujo, a realização do documentário teve como primeiro objetivo traçar a Baixada como uma grande região, não apenas representada pelas maiores ou mais populosas cidades.
“Normalmente, quando se fala de Baixada Fluminense, fala-se muito de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis, Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti, mas não se fala muito de Guapimirim, Itaguaí, Magé, Seropédica. O primeiro desafio para a gente foi olhar para a Baixada pela sua pluralidade e extensão, e tentar olhar para a região no seu todo, e não somente a parte de algumas representações”.
Elogios e críticas
Em segundo lugar, o fórum dispensou todo tipo de filtragem ou perspectiva prévia, mas decidiu dar espaço para que as pessoas pudessem falar. O documentário totaliza 15 minutos de duração. “Nós escutamos pessoas falando muito bem das cidades, elogiando principalmente o povo, alguns costumes, a tranquilidade em alguns territórios, e as críticas que apontaram para problemas de saneamento, da violência, do transporte, que apareceu bastante, do problema da saúde, um pouco da educação, além do descaso dos próprios governantes com as cidades, a infraestrutura. Esses foram os pontos que mais apareceram”, revelou o coordenador executivo.
Houve elogios também para o comércio da região e a possibilidade de trabalho na própria Baixada.
Araujo destacou ainda a menção à falta de atividades culturais e de lazer na Baixada Fluminense, tendo como referência o município do Rio de Janeiro e suas periferias.
“O objetivo era fazer uma homenagem, mas uma homenagem crítica, porque essa é a postura do Fórum Grita Baixada. A gente não queria cair numa espécie de panfletagem, bairrismo ou algo do gênero, mas simplesmente dar espaço para que os moradores pudessem falar coisas que, muitas vezes, os governantes não querem ouvir ou que eles próprios sequer têm espaço de tornar as reivindicações visíveis para o conjunto da sociedade”.
O acesso ao documentário é gratuito e pode ser compartilhado por qualquer pessoa.