O diagnóstico, sintomas e tratamento do câncer infantil estiveram em debate na manhã de hoje, dia 22, durante um evento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau) como parte da campanha ‘Combate ao Câncer’, no auditório do Ministério Público estadual, em Nazaré. A programação foi aberta com a apresentação da médica oncologista Luciana Nunes Silva, do Hospital Martagão Gesteira, sobre diagnóstico clínico do câncer pediátrico. “O câncer infantil é uma doença rara, mas é uma das maiores causas de mortalidade infantil”, ressaltou. Ela complementou que, no Brasil, haverá em torno de 12 mil novos casos em 2017.
“Celebrando a data de enfrentamento e alerta sobre a questão da prevenção e, sobretudo, do diagnóstico precoce, realizamos esse encontro focado no câncer infantil, mas sem deixar também de discutir aspectos relacionados ao câncer de próstata e de mama”, destacou o promotor de Justiça Rogério Queiroz, coordenador do Cesau. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no mundo, apenas 3% do total de casos de neoplasias malignas acometem crianças e adolescentes de 0 a 15 anos e a maioria deles ocorre na primeira infância. “A evolução da doença é muito mais rápida, geralmente é um câncer mais agressivo, no entanto as crianças são bem mais sensíveis à quimioterapia”, explicou a médica Luciana Silva. Ela explicou que os tipos de câncer mais frequentes são as leucemias e, que no Brasil, a sobrevida gira em torno de 50% dos casos. A oncologista falou também sobre a importância das equipes de saúde estarem atentas aos principais sintomas da doença, como cefaleia, vômitos, dores ósseas e sangramentos, para que a doença seja detectada e tratada precocemente.
Na ocasião, houve distribuição de camisinhas, realização de testes rápidos para detectar HIV e Sífilis, além de orientações sobre limpeza e escovação dos dentes. A assistente social da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Amélia Araújo, falou sobre a saúde do homem. Ela ressaltou que as principais preocupações estão relacionadas a problemas circulatórios, mortes por causas externas como trânsito, assalto e assassinato, doenças sexualmente transmissíveis como HIV e Sífilis, e câncer de pênis e próstata, dentre outros. “Precisamos levar informação para as escolas. O desafio é que o educador entenda que esse trabalho só pode ser feito conjuntamente com o profissional de saúde”, afirmou. Quando à situação da sífilis, que hoje é uma epidemia no país, Amélia Araújo falou que é necessário que seja realizado um trabalho de prevenção com as grávidas no pré-natal, para que elas sejam orientadas a respeito das doenças sexualmente transmissíveis.