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O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ensina sobre atenção e cuidados com o equilíbrio do corpo humano

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Por: Gabriela Costa Matias

Imagine um mundo em que ver, ouvir e sentir, pode ser ampliado ou reduzido e provoca sensibilidade em níveis baixos, médios ou altos, levando a uma infinidade de respostas corporais, entre elas, a irritabilidade e a introversão. Assim vivem as pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Distúrbio do Neurodesenvolvimento causado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.

Segundo a Neuropediatra Maira Katarine Franco da Mota, o Transtorno do Espectro Autista é um Distúrbio do Neurodesenvolvimento da criança onde algo acontece já de forma congênita, que há um impedimento, uma alteração que, consequentemente, vai levar a uma alteração do desenvolvimento, principalmente relacionada à comunicação. Além de modificações cerebrais. A principal forma para identificar o Autismo, começa ainda quando criança, com a atenção por parte dos cuidadores aos comportamentos desde a primeira fase de vida, de 0 a 3 anos.

Segundo a Neuropediatra, pacientes com Autismo apresentam diferentes graus de suporte. Há décadas atrás, o Autismo era tratado como grau leve, moderado, grave e severo. Hoje em dia, é utilizado os termos de grau de maior necessidade, média necessidade e menor necessidade de suporte. “Então, a gente teria um grau leve, onde a pessoa teria uma autonomia maior, autonomia no sentido da escola, no sentido do trabalho, no sentido do transporte, da locomoção. E a gente teria o grave com a maior dependência de terceiros, ou seja, pessoas que vão necessitar a vida toda de um apoio, suporte familiar para se locomover, para sair, para frequentar uma escola, as atividades da vida diária, para fazer sua própria higiene”, pontua a médica.

Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 02 de abril, como o Dia Mundial de Conscientização Sobre Autismo, como maneira de trazer conhecimento e visibilidade às pessoas que convivem com o TEA. De acordo com o

Ministério da Saúde, depois de ser definido o diagnóstico clínico, iniciar o tratamento precoce com estímulos comportamentais, possibilita melhores resultados a longo prazo, considerando o nível do TEA que foi identificado na criança. Uma ferramenta essencial para a cobrança de garantias sobre os direitos às pessoas Autistas, em Saúde, Educação, Mobilidade, Segurança e Trabalho, é a Lei Federal nº 12.764, de 12 de dezembro de 2012 – Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei Berenice Piana).

Maira Katarine explica que não existe uma causa específica para o desenvolvimento do Autismo, “o Autismo é multifatorial. Então, a gente tem causas ambientais como, por exemplo, problemas no Pré-natal, doenças no Pré-natal. Muito comumente, por exemplo, Hipertensão durante a gravidez, o uso de algumas drogas durante a gravidez pode levar ao Autismo, problemas de parto e também fatores genéticos. Então, hoje em dia tem se desenvolvido muito a Neurogenética e a gente observa que nos casos de Autismo, a grande maioria tem alguma causa genética”.

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