Por meio de nota, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de alerta para aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional e aumentar a vigilância sobre a pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade
Por: Sophia Stein/Agência Brasil 61
Foram detectados 3 casos do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) – H5N1 em aves silvestres no litoral do Espírito Santo. Diante da notificação feita pelo Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica – ES, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) iniciou investigação sobre a suspeita do vírus, também conhecido como gripe aviária.
O que é Influenza Aviária de Alta Patogenicidade
Lucas Edel, médico veterinário explica que a Influenza Aviária é dividida por duas formas, uma com alta patogenicidade e uma com baixa patogenicidade. “A patogenicidade é a capacidade que aquele vírus tem de causar a doença naquele indivíduo. Então essa IAAP a gente observa que existe maior probabilidade do animal ou pessoa que entrarem em contato desenvolverem a doença”, avalia.
O veterinário também expõe que pelo vírus ser considerado uma zoonose, existe risco de transmissão dos animais para os humanos. “Essa infecção pode ocorrer por meio de contato direto com secreções dessas aves ou por meio de alguns utensílios que foram utilizados no manejo daquelas aves”, completa.
Por meio de nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou que “o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declara estado de alerta para aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional, aumentando a vigilância sobre a pandemia de IAAP”.
Segundo a nota, a notificação da infecção pelo vírus em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de IAAP e os demais países membros da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.
Fernando Henrique Iglesias, consultor do SAFRAS & Mercado, afirma que por se tratar de uma doença de aves selvagens, ela não irá gerar impacto em relação ao mercado no Brasil.
“O Brasil não perde seu estado sanitário, não há risco algum no consumo de produtos avícolas, ou seja, não há risco no consumo de carne, frango, ovos, etc. Ela só trará prejuízos ao Brasil, se porventura a doença atingir granjas comerciais e entrar na cadeia produtiva brasileira”, esclarece.
Iglesias também pontua que o país é grande uma potência em termos de seguridade e está adotando todas as normativas da OMSA, o que tem permitido uma boa resposta à doença, pois o Brasil segue as principais normas de biosseguridade para evitar a propagação do vírus.