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Decreto polêmico do prefeito de Guanambi repercute na imprensa internacional

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Enquanto alguns prefeitos empossados no último dia 1º estão atraindo a atenção da mídia devido às duras medidas de redução de despesas das Prefeituras ou pela divulgação da situação criminosamente caótica em que herdaram as máquinas e finanças públicas, o prefeito de Guanambi, Jairo Silveira Magalhães (PSB), virou notícia e ganhou os holofotes da mídia nacional e internacional ao assinar e publicar no Diário oficial do Município, como primeiro ato oficial do Governo, a oficialização da entrega das chaves da cidade para Deus.

“Declaro que esta cidade pertence a Deus e que todos os setores da Prefeitura Municipal estarão sobre a cobertura do Altíssimo”, diz o Decreto nº 012017, publicado no Diário Oficial de Guanambi na segunda-feira, dia 2 de janeiro.

Depois da repercussão negativa causada pela medida, o socialista, através da Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Guanambi, emitiu um comunicado à imprensa, justificando a atitude inusitada.

Na Nota distribuída à imprensa, Magalhães aponta que “(…) A publicação não teve a intenção de ferir a laicidade, inspirada que foi no preâmbulo do texto constitucional, que invoca o nome de Deus, pois, Ele, nas suas mais diversas interpretações, está presente nas variadas religiões. A real intenção da publicação, diante do ambiente de intolerância e assustadora violência que atormenta a as famílias e a sociedade, foi de apelar a todas as crenças, suplicando a mesma proteção de Deus, que é rogado na nossa Constituição”.

O certo é que a edição do Decreto já ganhou as páginas da imprensa internacional.

Na terça-feira, 3, o site do Grupo de Multimídia Sputnik, que atua em dezenas de países, em sua versão espanhola repercutiu o ato oficial do prefeito Jairo Magalhães (PSB). Na matéria, o Sputnik, destaca o ato do gestor guanambiense como “insólito” e faz referência ao Capítulo da Constituição Federal brasileira que trata dos direitos fundamentais, que teriam sido, conforme a publicação, cancelados pelo prefeito Jairo Magalhães.  

E destaca, também, que o Decreto do prefeito guanambiense não seria original, tendo sido copiado de outro, editado em dezembro de 2016 pela prefeita do município de Sapezal, no Estado do mato grosso, Ilma Grisoste Barbosa.

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