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Tratamento com auxílio de animais é implantado no Hospital da Criança

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A resposta imunológica e a coordenação motora de crianças em tratamento no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, no centro norte da Bahia, estão sendo estimuladas pela interação com animais. O tratamento alternativo também inclui música, acompanhamento de psicólogos, fisioterapeutas e atividades artísticas. 

 

A utilização de animais começou em janeiro. Desde então, já foram realizadas três sessões no hospital, com o atendimento de 60 crianças. Entre elas, Eric Macedo tem oito anos e está na unidade de saúde há 17 dias, em tratamento contra anemia falciforme. “Eu gostei mais do cachorro. É muito melhor brincar do que ficar no quarto o dia inteiro”, afirma o garoto. A mãe de Eric, Lucivânia Santos, comenta que “com a ida para ver os bichos, ele ficou feliz, mais ativo”. 

 

Adriana Correia, cinco anos, está tratando a doença do carrapato e tem que ficar cerca de 30 dias internada. Nesta semana, ela colocou ração no aquário de peixes, brincou com a cadela Isabelle e desenhou. “Eu gostei mais do peixinho, porque dou comidinha para ele”. Para Zulmira Araújo, acompanhante de Adriana, “essa brincadeira com os animais ajudou muito. Adriana ficou mais à vontade e mais alegre. Isso ajuda no tratamento”. 

 

De acordo com Itana Nogueira, fisioterapeuta do HEC, a interação com animais promove benefícios motores, emocionais e sociais. “Enquanto fisioterapeuta, nossa preocupação é com a parte motora, mas temos o acompanhamento de psicólogos e, cada um na sua área, vai trabalhando seus objetivos. As crianças chegam aqui muitas vezes tristes e mudam completamente quando veem os bichos. Estudos mostram que quando a gente está bem emocionalmente, isso melhora o sistema imunológico”. 

 

As sessões no HEC são organizadas pela equipe de fisioterapia, que direciona simples movimentos, como pentear um animal ou dar comida aos peixes, estimulando o sistema psicomotor e elevando a autoestima das crianças. A Terapia Assistida por Animais (TAA) não substitui terapias e tratamentos convencionais, mas funciona como um complemento, para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

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