Índice registra mesmo nível de maio de 2015
por Agência Brasil
A taxa de desocupação no Brasil no trimestre encerrado em maio foi de 8,3%, registrando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015, quando também atingiu 8,3%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego teve uma redução de 1,5 ponto percentual.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, a queda no desemprego foi mais influenciada pela diminuição do número de pessoas em busca de trabalho do que por um aumento expressivo no número de trabalhadores. Ela ressalta que a menor pressão no mercado de trabalho foi o fator determinante para a redução na taxa de desocupação.
A população desocupada no país ficou em 8,9 milhões de pessoas, apresentando uma queda de 3% em relação ao trimestre anterior e uma redução de 15,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já o número de pessoas ocupadas, que chegou a 98,4 milhões, permaneceu estável na comparação trimestral e registrou um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior.
A pesquisa também revelou que, embora não tenha ocorrido um crescimento significativo na população ocupada total durante o trimestre, houve diferenças pontuais em algumas atividades econômicas. Enquanto a maioria das áreas permaneceu estável, houve uma queda no número de trabalhadores na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,9%, equivalente a uma diminuição de 158 mil pessoas) e um aumento na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou seja, um acréscimo de 429 mil pessoas). A coordenadora do IBGE destacou que esse crescimento nesse último setor foi impulsionado principalmente pelo segmento de educação e pela inclusão de empregados sem carteira de trabalho assinada.
No panorama anual, o setor de transporte, armazenagem e correio registrou um aumento de 4,2% (216 mil pessoas a mais), enquanto as áreas de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas apresentaram um crescimento de 3,8% (440 mil pessoas a mais) e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tiveram um aumento de 4,5% (764 mil pessoas a mais). Por outro lado, a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tiveram uma redução de 6,2% (542 mil pessoas a menos) e a Construção teve uma queda de 3,7% (274 mil pessoas a menos).
Os dados divulgados pelo IBGE indicam uma melhora no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego atingindo o menor patamar em oito anos para um trimestre encerrado em maio. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, especialmente nas áreas mais afetadas pela redução de postos de trabalho.