A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi elevada de 1,9% para 2,5%
por Agência Brasil
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (17) o Boletim Macrofiscal, trazendo importantes revisões nas projeções econômicas para o Brasil em 2023. A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, foi elevada de 1,9% para 2,5%. A revisão foi motivada pelo crescimento de 1,9% no primeiro trimestre do ano e pela expectativa de queda dos juros no segundo semestre, devido à desaceleração da inflação. A projeção para o crescimento do PIB em 2024 permaneceu em 2,3%.
Essa revisão representa um cenário otimista para o crescimento da economia brasileira, e é um avanço significativo em relação às previsões anteriores. No início do mês, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, havia anunciado que a projeção para o PIB ficaria entre 2,5% e 3%, enfatizando que o mercado financeiro previa uma expansão de apenas 1% para o país em 2023.
O Boletim Macrofiscal também trouxe melhorias nas projeções de crescimento para os setores da economia. Para o setor agropecuário, a projeção passou de 11% para 13,2%. Já a estimativa de crescimento para a indústria avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto para os serviços, a projeção passou de 1,3% para 1,7%.
No que diz respeito à inflação, a projeção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada para baixo, caindo de 5,58% para 4,85%. Apesar da redução, a estimativa permanece acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, que é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%. Para 2024, a projeção de inflação também caiu, passando de 3,63% para 3,3%.
A revisão para baixo da projeção de inflação para 2023 se baseou na desaceleração do IPCA em abril e maio, bem como em fatores como o reajuste autorizado para planos de saúde, a redução nos preços dos combustíveis nas refinarias e as revisões nas tarifas de energia elétrica e ônibus urbanos.
O Boletim Macrofiscal também destacou que, mesmo com a expectativa de desaceleração para 2024, o crescimento do PIB será mais bem distribuído entre os setores da economia, com a indústria e os serviços apresentando melhorias em relação a este ano. A aprovação das reformas fiscal e tributária também é apontada como um fator que reduzirá as incertezas e melhorará o ambiente de negócios.
Além disso, a recuperação da demanda doméstica será um importante impulso para a economia, impulsionada pela queda dos juros e por medidas de estímulo, como o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e políticas sociais. A SPE ressaltou que a redução da desigualdade e o investimento em políticas de valorização do salário mínimo, igualdade salarial entre homens e mulheres, o novo Bolsa Família e o programa Minha Casa, Minha Vida contribuirão para um crescimento sustentável e inclusivo no país.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, utilizou as redes sociais para celebrar os novos números, enfatizando que “o Brasil está de volta”.