Especialista Alerta Sobre os Riscos da Droga Sintética que Gera o Chamado “Efeito Zumbi”
Por Comunicação/MF Press Global
Nos últimos anos, uma substância conhecida como K9 tem chamado a atenção devido aos seus efeitos intensos e, muitas vezes, assustadores. Essa droga sintética, que imita os efeitos da maconha de maneira potencializada, possui uma concentração de THC (tetra-hidrocanabinol) bastante elevada. A K9 é produzida por meio da pulverização de plantas com produtos químicos que agem no cérebro, facilitando a assimilação de canabinoides e ampliando significativamente os efeitos da droga. Esses efeitos podem superar em até 50 vezes os da morfina.
O que são os riscos associados ao uso da K9?
Devido à sua potência superior em comparação com a maconha convencional, a K9 provoca o que é conhecido como “efeito zumbi”, levando o usuário a perder sua percepção da realidade. Entre os principais efeitos desencadeados pela “droga zumbi” estão alucinações, paranoia, ansiedade, convulsões, taquicardia, perda dos sentidos, incapacidade de comunicação, confusão mental, sonolência e tontura, entre outros.
Qual é o impacto da “droga zumbi” no cérebro?
Segundo o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências, apesar de mais de 15 anos de observação do uso da droga K9, ainda não se conhece completamente os efeitos que ela pode ter no cérebro a longo prazo. No entanto, já é sabido que essa substância pode desencadear diversas condições neurológicas.
“Apesar de o uso da K9 ser observado há cerca de 15 anos, ainda não temos uma compreensão completa de como o consumo a longo prazo pode impactar o cérebro de maneira permanente”, afirma o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
Ele acrescenta: “De acordo com o CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA – a K9 pode desencadear problemas psiquiátricos e neurológicos. Além disso, sabe-se que a droga pode estar relacionada a acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e pode provocar condições como esquizofrenia e depressão”.
O grande perigo da K9 reside na natureza indiscriminada de seus componentes químicos, que interferem na maneira como o cérebro processa os sinais dos canabinoides. Isso, aliado à perda de percepção sensorial e raciocínio durante o efeito da droga, pode afetar diversas áreas cerebrais, incluindo o lobo frontal, temporal e parietal. Isso, por sua vez, prejudica habilidades como comunicação, raciocínio e percepção sensorial, levando o usuário a desconectar-se da realidade.