Encontro promovido pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços discute permanência de benefícios para o setor gastronômico após aprovação da Reforma.
Por Tatiane Ferreira/ Abrasel Comunicação
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) reafirmou seu posicionamento em defesa da permanência de uma alíquota especial para bares e restaurantes no âmbito da Reforma Tributária, durante um debate realizado nesta quarta-feira (9) em Brasília. O encontro foi promovido pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS) e contou com a presença do Relator da Reforma Tributária no Senado Federal, Eduardo Braga (MDB/AM).
A Reforma Tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados no início de julho e trouxe consigo a previsão de uma alíquota especial para o setor de bares e restaurantes. A discussão em torno dessa medida continua ganhando destaque no cenário político e econômico do país.
Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel e um dos representantes do Instituto UNECS (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços) no encontro, enfatizou a importância de manter essa alíquota diferenciada para o setor. Durante sua participação, ele argumentou que os bares e restaurantes representam um setor essencial na economia brasileira e citou exemplos de países europeus que adotam reduções significativas nas alíquotas de impostos para estabelecimentos similares.
Os números respaldam a relevância do setor de alimentação fora do lar. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5,1 milhões de pessoas trabalham diretamente nesse setor, gerando 150 mil novas vagas somente no primeiro semestre deste ano. Além disso, aproximadamente 1,9 milhão de empreendedores atuam nessa indústria, o que contribui significativamente para a economia nacional.
O debate em torno da alíquota especial para bares e restaurantes continua sendo um ponto de discussão importante no cenário político e econômico do Brasil. A Abrasel reforça a relevância do setor e busca garantir que as particularidades do ramo sejam levadas em consideração durante o processo de implementação da Reforma Tributária, visando manter o equilíbrio e incentivar o desenvolvimento contínuo da indústria gastronômica no país.