Investir no acompanhamento pré-natal com exames de imagem pode reduzir significativamente a mortalidade neonatal, aponta especialista
Por Comunicação/ Agência FR
O período gestacional é marcado por transformações profundas, tanto físicas quanto emocionais, e a importância do pré-natal como ferramenta essencial para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê não pode ser subestimada. Dentre os exames que se destacam nesse contexto, a ultrassonografia assume papel crucial, dividindo-se em três etapas fundamentais: ultrassonografia obstétrica do 1º trimestre; ultrassonografia obstétrica do 2º e 3º trimestres; e ultrassonografia morfológica.
A ultrassonografia é aguardada com ansiedade por muitas gestantes, proporcionando o primeiro vislumbre do bebê em desenvolvimento. Realizado em diferentes fases da gravidez, o exame monitora o crescimento fetal, analisa a anatomia do bebê, identifica a localização da placenta e detecta possíveis anormalidades ou complicações.
Na FIDI – Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem, uma instituição de saúde filantrópica que conduz anualmente mais de 5 milhões de exames por imagem no Brasil, a busca por exames pré-natais continua em constante crescimento. Até junho deste ano, mais de 81 mil exames de ultrassonografia foram realizados pela instituição, uma média superior a 13.500 exames mensais. Essa cifra contrasta com a média anterior, que variava entre 12 mil exames, durante os anos de 2019 a 2022.
“Embora não possamos apontar com certeza a causa desse aumento nos exames, uma possibilidade é o retorno gradual à normalidade após a pandemia de Covid-19. Tudo indica que as pessoas agora se sentem mais confiantes para planejar gravidezes e buscar atendimento médico, mas nunca é demais reforçar a importância do pré-natal para a saúde tanto da mãe quanto do bebê”, comenta o Dr. Osvaldo Landi, médico radiologista e Gerente Médico de Inovação e Dados na FIDI.
De acordo com dados do Ministério da Saúde [1], a mortalidade infantil no Brasil registrou um notável declínio nos últimos anos, reduzindo de 47,1 mortes a cada mil nascidos vivos em 1990 para 13,1 nas estimativas atuais. Esse avanço é em grande parte atribuído à melhoria no acesso e na qualidade do atendimento pré-natal, que pode diminuir em até 20% as taxas de mortalidade neonatal [2].
Reforçar a importância dos cuidados pré-natais é fundamental. O acompanhamento adequado, a realização regular de exames e a educação sobre a saúde materna são fatores indispensáveis para uma maternidade segura e saudável.