Índice de inflação fica em 0.28%, superando as projeções de 0.17%, com destaque para a influência da queda nos preços dos alimentos e análise das expectativas para o fechamento do IPCA
Por Tamer Comunicação
Inflação de Agosto Supera Projeções e Alimentos Mantêm Preços Estáveis
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto apresentou uma surpreendente alta de 0.28%, um valor substancialmente acima das expectativas do mercado, que previa uma taxa de 0.17%. Uma queda significativa nos preços dos alimentos (-0.99%) contribuiu para que os preços livres ficassem próximos da estabilidade. No entanto, uma análise geral em relação ao IPCA-15 do mês anterior revela um cenário qualitativo desafiador, com aumentos no índice de difusão em todas as categorias, exceto nos alimentos.
Serviços Subjacentes Ganham Tração, Impactando Projeções Futuras
Os serviços subjacentes estão ganhando ligeira aceleração em relação ao IPCA de julho, marcando 0.19% contra 0.27%. A manutenção desse ritmo até o final do ano poderia resultar em um IPCA fechando em torno de 5.04%. Entretanto, o cenário de final de ano, caracterizado pelo aumento sazonal nos preços de serviços e o considerável aumento nos preços do querosene, espelhando a elevação dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias, pode impactar as expectativas.
Média dos Núcleos em Aceleração com Implicações para a Meta Inflacionária
A média dos núcleos, que excluem os componentes mais voláteis do IPCA, registrou uma aceleração para 0.34%, resultando em um nível anualizado de 4.15%. Esse patamar está acima do nível considerado compatível com o cumprimento da meta de inflação. A trajetória dos núcleos ganha destaque em um contexto em que a política monetária busca manter a inflação sob controle e alinhada com os objetivos do Banco Central.
Nota: Os números e análises são baseados nos dados do IPCA-15 de agosto e projeções do mercado.
