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O BEIJO E O CIÚME

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Manoel, muito brincalhão, não media as consequências do seu ato. Era uma característica peculiar do seu comportamento.

Certa feita entrou em uma loja onde trabalhava uma funcionária do seu conhecimento e a mesma foi ao seu encontro para o devido atendimento, mas estava “virgem”, isto é, sem qualquer maquiagem. O amigo brincalhão fez o seguinte comentário:

 – Quando você for atender alguém, é imprescindível que esteja usando um batom vermelho para chamar a atenção do cliente:

 – Cheguei!

– Eu não uso porque ainda não ganhei.

 Espirituoso, o indivíduo comprou um batom vermelho encarnado, mandou embalar para presente e fez a doação.

– Agora não diga que não ganhou!

 Após colocar nos lábios o batom presenteado, deu um beijo respeitoso, na bochecha do amigo, em gratidão pelo presente que ganhou. E como sugerido, passou a usá-lo. Esse beijo foi a forma mais simples de demonstrar o agradecimento e   respeito de uma amizade sincera.

Manoel, não percebeu, porém, que ficou gravado em seu rosto, o desenho produzido pelo batom. Quando retornou para a residência, a esposa vendo aquela figura no rosto do marido. Enciumada perguntou?

 – Quem o beijou?

 – Ninguém.

– O que é isto em seu rosto?

– Não veja coisa onde não existe!

Enfurecida, desconfiada da fidelidade do marido, pegou um pano e o esfregou com violência para tirar a mancha do batom e o fez com veladas ameaças.

Este foi o resultado desse acontecimento, que produziu sérias consequências, e que provocou ciúmes na esposa. Mesmo tendo conhecimento das brincadeiras do marido, não acreditou na sua versão.

O ciúme é uma reação incontrolável da pessoa, geralmente, eivado de ameaças e perturbação emocional por insegurança e falta de confiança no parceiro, sente-se traída pela pessoa amada, por motivos fúteis. É o desejo de posse, que domina o ser humano enciumado.

O beijo tem vários significados, entre eles a amizade, o respeito, o agradecimento e o beijo amoroso – beijo sexual. O beijo é comemorado no dia 14 de abril e o estudo sobre o beijo chama-se Filematologia.

Esse conto mistura ficção e realidade.

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