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SEGUNDA FEIRA DE ONTEM E DE HOJE.

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Nossa morada é de variados compartimentos. Dentro dela sentimos modalidades diferenciadas de comportamentos. Lembro que no passado minhas segundas feiras eram
estáticas e sem brilhos e meus sonhos não saiam do porto. Enquanto o restante da população ostentava seus objetivos reais, em direção a alto mar a distancia ficava
só na contemplação. E era bom que fosse assim. Sem instrumentalizar a vida todos os sonhos descem sempre sem paraquedas.
Hoje, sobre um batalhão de atiradores de elite meus voos mesmo assim atingem alturas quase inatingíveis. Aprendi a dá sentido e ritmos as asas e meus sonhos,
como bussola, atinge o alvo da realidade. Desvendei que é na segunda feira em que
impulsionamos a realidade, para concretização. Para locomover devemos fazer como os bravos pássaros, que resolvem atravessar o mar sem medir a distancia. Ou chegamos heroicamente no alvo traçado, ou caímos das alturas para as profundezas oceânicas. Levar as utopias no bico é ter a certeza que o peso é confortavelmente suportável. Aterrissar com os sonhos, nas extremidades, é semear na compacta terra garantidora de que nossa vocação sonhadora vale a pena.

Hoje minhas segundas feiras, não são inícios de sonhos, mas sua continuidade. Não são estáticas como as múmias, possuem a leveza e a elegância dos voos das águias. Das segundas feiras antigas só resta à lembrança de apreciar os barcos alheios com sua robustez tomando
velocidade em alto mar distanciando de meu olhar retraídos. Hoje, solto meus papagaios no espaço infinito, mesmo porque, Deus nos dá em grande quantidade, cabendo a nós, a vontade e a destreza de manusear os papagaios a alturas imensuráveis, porque a firmezas das mãos garantirá o sucesso do voo, independentemente, da velocidade dos ventos. Hoje não temos os atiradores de elites porque minhas utopias tomaram alturas inatingíveis proibitivos aos mais perfeitos peritos distantes dos seus alvos alcançáveis.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744