Os próximos quatro meses serão de estudos jurídicos, reflexão e reestruturação para o movimento sindical. Esse tem sido o discurso das principais lideranças sindicais do País após o Congresso nacional aprovar e o presidente Michel Temer sancionar a nova legislação trabalhista. Embora ainda haja a expectativa do presidente da República editar uma Medida Provisória corrigindo alguns pontos considerados polêmicos e passíveis de questionamentos na Justiça, é consenso entre as lideranças que o movimento sindical sofreu um grande impacto – principalmente com o fim da contribuição sindical obrigatória – e vai precisar se reestruturar.
Em entrevista ao Canal JS, os presidente do Sindicato dos Mineradores de Brumado (Sindmine) e Micro Região Édio – Continha – da Silva Pereira condena a Lei da Reforma Trabalhista e, por tabela, o Governo do presidente Michel Temer. Para os sindicalista, a nova Lei Trabalhista é uma afronta aos trabalhadores e serve aos interesses do empresariado, retirando conquistas históricas e instituindo um novo modelo de “escravidão” no País.
O presidente do Sindmine, Édio – Continha – Pereira admitiu que o Governo, que insistiu em classificar de “ilegítimo”, venceu a disputa com a força de trabalho, muito mais pela divisão das Centrais Sindicais e pela desmobilização da sociedade, que por ter apresentado uma proposta que merecesse aval do trabalhadores. “Os trabalhadores perderam para o empresariado, que está mais articulado e tem uma representação mais forte no Congresso Nacional”, lamentou Pereira, que já projeta um novo cenário a partir da eleição de 2018.
Confira os principais trechos das entrevistas: