No dia 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, foi definido como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o dia 25 de julho, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
No Brasil, no dia 25 de julho – Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – é dedicado a homenagear Tereza de Benguela , líder quilombola que se tornou rainha, resistindo bravamente à escravidão por duas décadas. A data traz à tona luta do movimento negro e tem resgatado a luta e a resistência das mulheres negras, bem como cumprido o papel de denunciar as consequências da dupla opressão que sofrem, com o racismo e o machismo.
Para lembrar a data, o Canal JS entrevistou – ou melhor, bateu um papo alegre e bem humorado – as líderes do grupo de mulheres brumadenses “Meu Cabelo Me Empodera”. Mulheres negras que após largar os rituais de alisamento e passar pelo processo de transição capilar, assumindo a raiz original do cabelo, debatem a importância de assumir a verdadeira identidade da mulher negra, quebrado padrões de beleza imposto pelo sociedade.
De forma descontraída, elas contam como surgiu o grupo, as dificuldades que encontraram na transição capilar, a resistência da aceitação dos fios crespos e cacheados, a reação da sociedade brumadense e como conseguem lidar com o racismo, além de incentivar outras mulheres a não se esconder atrás de cabelos alisados para se sentirem “aceitas” pela sociedade, assumindo o cabelo, seja ele liso, crespo, cacheado, ondulado, da forma que quiser, desde que se sintam bonitas. São relatos de mulheres confiantes, resistentes e com uma autoestima elevada.
Acompanhe, na integra, como foi esse bate papo.