A Operação Égide, realizada pelo Ministério da Justiça, Segurança Pública e pela Polícia Rodoviária Federal, identifica nova rota do contrabando de cigarros, armas e drogas do Paraguai e da Bolívia. Com aumento da fiscalização no trajeto mais tradicional, realizado via Paraná e Mato Grosso do Sul, os criminosos atravessam a região sul e entram pelo litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. Essa atividade ilícita está cada vez mais especializada e utiliza tecnologia, infraestrutura e expertise para se adaptar rapidamente frente ao obstáculo da fiscalização.
Para driblar as facções e asfixiar o abastecimento de armas, drogas e cigarros ilegais antes de chegarem no centro consumidor, a estratégia da Operação Égide é realizar comando de forças especiais em diversos pontos de contenção. No segundo semestre de 2017, a Operação Égide prendeu 3 milhões de pacotes de cigarros, 129 toneladas de maconha e 537 armas.
No entanto, além de aumentar a fiscalização nas fronteiras é necessária uma revisão no modelo tributário tanto no Brasil quando no Paraguai para estabelecer uma concorrência legal e ética e, assim, combater o contrabando de forma efetiva. Enquanto no Brasil, os impostos representam 80% do valor de um maço de cigarros, no Paraguai, os impostos pagos pelos fabricantes de cigarros são de apenas 16%.