Por Max Gonçalves
O analfabetismo entre os indígenas é o dobro da taxa nacional, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022, divulgados esse mês, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações mostram que 15% dos indígenas com mais de 15 anos de idade não sabem ler e escrever.
A taxa de analfabetismo geral do Brasil ficou em 7%. Apesar do resultado alto registrado entre os indígenas na comparação com os números de analfabetos gerais do Brasil, o levantamento do IBGE mostra que houve queda no número de indígenas que não sabem ler nem escrever. No Censo anterior, mais de 23% dos indígenas eram analfabetos. Isso significa que houve uma redução de cerca de 8% nos últimos dez anos.
As informações colhidas pelo Censo revelam que entre oshomens indígenas, a taxa de alfabetização é maior do que entre as mulheres indígenas. As maiores taxas de alfabetização são observadas no Sudeste (91%), no Sul (89%) e no Centro-Oeste (87%). Maranhão, Acre e Piauí são os estados com maiores taxas de analfabetismo entre os indígenas.
Os indígenas mais jovens são os mais alfabetizados, enquanto os maiores registros de analfabetos ficam entre aqueles com mais de 60 anos. Se pegarmos a faixa entre 15 a 17 anos, por exemplo, a taxa de analfabetismo foi de 5%. Já para os indígenas com 65 anos ou mais, o percentual é de 42%.
Apesar de possuírem sua língua originária, é importante aumentar a alfabetização entre os indígenas para que possam exercer sua cidadania e exigir o cumprimento dos seus direitos como cidadãos brasileiros com base na Constituição Federal.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil