De acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude, de janeiro a novembro de 2017, o Brasil registrou 1,8 milhão de tentativas, um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado (1,655 milhão). Isso representa uma tentativa de fraude a cada 16 segundos no país. Já na comparação mensal – novembro x outubro de 2017 – o índice teve queda de 12,1% e a anual – novembro 2017 x novembro 2016 – também caiu 6,8%. Mira dos golpes De janeiro a novembro de 2017, o segmento de telefonia foi o mais afetado, sendo responsável por 37,2% do total, com 673.971 tentativas. Neste tipo de golpe, dados de consumidores são utilizados por criminosos para abertura de contas de celulares ou compra de aparelhos, por exemplo. Caso a fraude no segmento de telefonia seja bem sucedida, funciona como uma “porta de entrada” para os fraudadores aplicarem golpes de maior valor em outros setores da economia. Os golpistas costumam comprar telefones para ganharem um comprovante de residência e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas. O setor de Serviços vem na sequência no ranking de segmentos com mais tentativas de fraude identificadas de janeiro a novembro de 2017 (568.687), representando 31,4% do total. Em terceiro lugar estão os bancos e financeiras com 23,6% de participação e 428.347 tentativas. O quarto setor mais afetado pelas tentativas nos onze primeiros meses do ano foi o Varejo, com 113.678 tentativas e participação de 6,3%. Os demais segmentos representaram 1,6% do total. Veja mais detalhes na tabela abaixo: Principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador:
ü Compra de celulares com documentos falsos ou roubados;
ü Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão;
ü Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima;
ü Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio;
ü Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima;
ü Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado. Como evitar fraudes? A fraude de identidade acontece quando dados pessoais de um consumidor são usados por terceiros para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito sem a intenção de honrar os pagamentos. De acordo com estudos da Serasa, basta perder um documento pessoal para dobrar a probabilidade de o cidadão ser vítima de um golpe. Para se prevenir, quem teve documento extraviado, deve cadastrar um alerta gratuito na Serasa pelo link: www.serasaconsumidor.com.br/do Com o alerta, o SerasaConsumidor consegue avisar às empresas que consultam seus produtos sobre a perda ou roubo do documento quando este for utilizado para abertura de conta em bancos, compra de bens e serviços, pagamentos etc. Assim, antes de efetuar a compra, por exemplo, estas empresas poderão tomar algumas atitudes preventivas, como solicitar outros tipos de documentos para comprovar a identidade, por exemplo. Outras ações podem ajudar o consumidor a se proteger das fraudes. Veja 10 dicas abaixo: No mundo físico: 1. Não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios; do mesmo modo, não deixar que atendentes de lojas e outros estabelecimentos levem seus cartões bancários para longe de sua presença sob a desculpa de efetuar o pagamento; 2. Tomar cuidado ao digitar a senha do cartão de débito/crédito na hora de realizar pagamentos, principalmente na presença de desconhecidos; 3. Não informar os números dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas. No mundo virtual: 4. Ao ingressar em um site, verificar se possui certificado de segurança. Para isso, basta checar se o http do endereço vem acompanhado de um “s” no final (https). Há ainda certificados que ativam um destaque em verde na barra do navegador; 5. Não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança; 6. Ter cuidado com sites que anunciam oferta de emprego ou produtos por preços muito inferiores ao mercado; 7. Não compartilhar dados pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passarem por você; 8. Manter atualizado o antivírus do seu computador, diminuindo os riscos de ter seus dados pessoais roubados por arquivos espiões; 9. Evitar realizar qualquer tipo de transação financeira utilizando computadores conectados em redes públicas de Internet; 10. Ao usar computadores compartilhados, verificar se fez o log off das suas contas (e-mail, internet banking, etc.). Metodologia do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2).
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