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Psicóloga brumadense fala sobre a importância da Campanha ‘Janeiro Branco’

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Uma nova cor para um novo mês: na onda das campanhas de conscientização em relação à saúde humana, o primeiro mês do ano tornou-se o ‘Janeiro Branco’, dedicado a promover e conscientizar pessoas quanto aos cuidados para com a Saúde Mental, comumente negligenciadas e estigmatizadas na sociedade. “Durante muitos anos – e ainda hoje – a Saúde Mental era vista como tratamento ‘para loucos’”, observou, acrescentando que esse preconceito precisa ser superado para reversão dos dados alertas feitos pela os (Organização Mundial de Saúde) apontando o crescimento vertiginoso, a partir do ano 2000, das taxas de suicídio, depressão e ansiedade em todo o mundo,

Para apresentar a campanha, o JS entrevistou a psicóloga Camila Alvarenga Pereira, graduada em Psicologia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências, campus de Vitória da Conquista, com Pós-Graduação em Terapia Cognitiva Comportamental pela Unigrad Pós Graduação e Extensão, que atende em Brumado nas Clínicas Brumed, Mais Vida e MedSudoeste.

Na entrevista, a psicóloga esclareceu os objetivos da Campanha e comentou as consequências que a omissão com a própria Saúde Mental podem acarretar no corpo humano, além das necessidade de melhoria no acesso ao acompanhamento psicológico gratuito na rede pública de Saúde, que enfatizou, conforme a Constituição Federal é “direito de todos”.

JORNAL DO SUDOESTE – Como surgiu e qual o objetivo da campanha ‘Janeiro Branco’?

CAMILA ALVARENGA – São Campanhas que surgem com objetivos definidos, principalmente de conscientizar a população, mas sem a pretensão de medir os impactos. Algumas não são tão abrangentes do ponto de vista da efetiva participação da sociedade. Mas é um meio de conscientização importantíssimo. No caso do ‘Janeiro Branco’, que foi desenvolvida por um grupo de psicólogos de Uberlândia (MG), o objetivo é lembrar, convidar as pessoas para refletirem sobre a vida, sobre a sua Saúde Mental, Saúde Psicológica, da necessidade, em alguns casos, que aparentemente não são graves, de buscar ajuda psiquiátrica afinal de contas, uma mente sadia reflete positivamente para termos um corpo saudável.

JS – O mês de Janeiro é uma época em que as pessoas renovam planos de vida e estão mais reflexivas quanto às transformações que pretendem para si. Isso tem alguma relação com o ‘Janeiro’ da campanha?

CAMILA ALVARENGA – Normalmente, quando as pessoas participam dos festejos da virada de ano, isso é habitual em determinadas datas, consciente ou inconscientemente, elas fazem ou renovam planos. Se o ano que termina foi ruim, teve contratempos de qualquer ordem – familiar, amorosa, financeira ou profissional, por exemplo – é comum que as pessoas planejem que as coisas aconteçam de forma diferente no novo ano. A maioria das pessoas tem o hábito de fazer planos, de projetar objetivos, resgatar sonhos, na virada do ano. Outras não. Há ainda aquelas que têm um comportamento patológico, que não enxergam a possibilidade de mudança, que acreditam que se o ano foi ruim, vai continuar assim, que nada vai mudar. Mas em relação a escolha do mês de janeiro para a campanha, tem correlação sim.

JS – Como são as ações dos profissionais de Saúde que estão engajados no ‘Janeiro Branco’?

CAMILA ALVARENGA – Para dar publicidade ao tema, nós, profissionais da área da Saúde, utilizamos a mídia e as instituições sociais públicas e privadas, através de debates, reflexões, mini palestras, rodas de conversa, oficinas, caminhadas, corridas piqueniques, cine clubes, entrevistas, murais de poesias, distribuição de panfletos, fitas brancas, enfim toda e qualquer forma de ação capaz de mobilizar a atenção da sociedade, tendo como tema central a Saúde Mental, a Saúde Emocional.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745